Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
11/06/2009
Crise e clima criam momento para economia "verde", dizem especialistas
A mudança climática e a crise financeira podem criar uma série de oportunidades para as economias de países desenvolvidos e emergentes, afirmaram especialistas no 15º Fórum Econômico Internacional das Américas, na terça-feira (9).
O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mexicano Ángel Gurría, disse que os pacotes de estímulo fiscal lançados no auge da crise oferecem às economias do mundo uma ótima chance de se tornarem mais ecológicas.
Em termos similares se expressou Haruhijo Kuroda, presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), que, com Gurría, participou das sessões do dia da Conferência de Montreal.
Kuroda afirmou que o vínculo entre energia e desenvolvimento sustentável é um dos maiores problemas de nosso tempo, "e, claro, uma grande preocupação para a Ásia e o Pacífico, onde, em particular, a mudança climática passou rapidamente a ser prioridade".
"Sob meu ponto de vista, estas crises (financeira e ambiental) são uma oportunidade. Num momento em que os investimentos precisam desesperadamente estimular as economias, podemos utilizá-los em projetos de desenvolvimento limpo, que ajudarão minimizar a mudança climática", observou.
O presidente e executivo-chefe da americana General Electric (GE), Jeffrey Immelt, foi mais explícito. "Verde é verde", afirmou, referindo-se aos investimentos em tecnologias limpas e sustentáveis, que, segundo disse, oferecem grande rentabilidade.
"Não sou um ecologista. Nunca fui de acampar. Digo isso com toda a honestidade. Sou um homem de negócios. Vejo que a demanda por energia dobrará nos próximos 20 anos. A China e a Índia comprarão mais gasolina que o resto do mundo nos próximos 40 ou 50 anos", disse Immelt.
"Portanto, na GE, concluímos que queremos ter uma grande iniciativa em energia limpa", observou.
Energias renováveis - Immelt também apontou para os riscos que os países que não investirem em tecnologias renováveis correrão.
Além disso, mostrou-se especialmente crítico em relação ao setor energético e ao papel dos Estados Unidos.
"Os investimentos tecnológicos no setor energético nos últimos 20 anos foram patéticos", disse Immelt, que comparou a falta de inovação do setor com as constantes mudanças no setor médico, onde "já estamos na oitava geração de produtos".
Immelt ressaltou que, em termos de investimento, a GE vê um grande futuro na conservação e na eficiência energéticas, nos veículos elétricos e nas baterias, na energia nuclear e na captura de carbono.
Folha Online/ Ambiente Brasil