Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
22/06/2009
Líderes europeus adiam mais uma vez decisão sobre clima
Bruxelas — União Européia ainda não encontrou solução para o impasse sobre o financiamento para tecnologias limpas em países em desenvolvimento.
Após as discussões da Cúpula da União Européia que ocorreu hoje em Bruxelas o Greenpeace lamentou a falta de disposição dos líderes europeus para as negociações sobre mudanças climáticas. Os participantes não conseguiram chegar a um acordo com propostas concretas para acabar com o impasse nas negociações sobre um tratado global de clima e adiaram a decisão para o encontro do G8, que acontece em julho, na Itália.
“A falta de iniciativa da União Européia hoje deixa espaço para que países menos ambiciosos, como Japão e EUA, acabem de vez com o acordo”, disse Joris den Blanken, diretor político para a campanha de clima do Greenpeace.
O Greenpeace espera que os líderes europeus que vão participar do encontro do G8 preparem uma proposta emergencial sobre mudanças climáticas nas próximas duas semanas. Este plano emergencial deve conter compromissos de pagamentos antecipados que apóiem a preparação de planos de ação de desenvolvimento sustentável de países em desenvolvimento e financiar as necessidades imediatas de adaptação aos impactos já inevitáveis das mudanças climáticas.
Na reunião de hoje, os líderes europeus apenas reiteraram o que já havia sido acordado na semana passada, durante a reunião dos Ministros de Economia: que os esforços financeiros para apoiar medidas sobre clima nos países em desenvolvimento devem ser baseados no poder de pagamento (PIB per capita) e nas emissões históricas. Os líderes concluíram que todos os demais aspectos do financiamento para clima devem ser acordados até outubro.
“Dinheiro é a peça-chave nas negociações globais de clima. Esperar até outubro significa mais três meses de impasse nas negociações internacionais, pois os países que não fazem parte da União Européia aguardam um posicionamento do bloco para colocar suas cartas na mesa. Não temos mais tempo para esse jogo de empurra”, disse João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace Brasil.
Por: Redação do Greenpeace
Fonte: Envolverde/Greenpeace