Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
26/06/2009
Carbono a mais no mar deixa peixes deformados
Alteração ocorre na orelha; não se sabe se é deletéria
O CO2 absorvido pelos oceanos está tendo um efeito no mínimo estranho nos peixes - as suas orelhas estão ficando maiores. Mas isso não significa que teremos um sr. Spock dos mares. As orelhas dos peixes são internas. Como nos humanos, elas têm um papel essencial no movimento e no controle da posição dos seus corpos - habilidades importantes para a sobrevivência.
Os pesquisadores do Instituto Scripps de Oceanografia, no Estado americano da Califórnia, fecundaram na água do mar óvulos de Atractoscion nobilis, uma perca de mais de 1 metro encontrada no Pacífico desde o México até o Alasca.
Os cientistas mediram o tamanho dos otólitos, estruturas feitas de carbonato de cálcio e que formam o interior das orelhas, em peixes de 7 e 8 dias.
No primeiro teste, a concentração de CO2 na água estava seis vezes maior que o normal. Os otólitos estavam 15% maiores do que o esperado.
Então eles reduziram a concentração para algo em torno de 3,5 vezes o normal - a concentração que os oceanos terão em 2100 se as taxas de emissão de CO2 não se alterarem. As orelhas ficaram cerca de 8% maiores do que o normal.
O estudo foi publicado no periódico "Science". O objetivo agora é entender como o aumento do CO2 na água faz as orelhas aumentarem, se isso está acontecendo com outros tipos de peixe e se, a longo prazo, é bom ou ruim para um peixe ser orelhudo.
Fonte: Manchetes Socioambientais/ Folha de S. Paulo/Associated Press