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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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03/07/2009

ONU aponta caminhos verdes para enfrentar as crises


Vinte e uma agências da ONU uniram-se para pedir a todas as nações que tornem suas economias mais verdes. Dessa forma, além de combater a crise econômica, também poderiam atacar outras crises emergentes, como a falta de alimento e água, além do aquecimento global. A declaração conjunta foi feita durante a Conferência das Nações Unidas sobre Crise Financeira e Econômica Mundial e seu Impacto no Desenvolvimento, realizada na semana passada, em Nova York.

A posição da ONU vai ao encontro da idéia defendida pela WWI (Worldwatch Institute) no estudo “Towards a transatlantic green new deal: tackling the climate and economic crises” (Rumo a um novo acordo verde transatlântico: combatendo a crise ambiental e econômica, em tradução livre) , que aborda os benefícios de uma nova postura global. O documento, feito para a Fundação Heinrich Böll, mostra como a atual desaceleração econômica pode ser uma oportunidade para os países lutarem contra as alterações climáticas, criando empregos de qualidade em negócios verdes.

Humanidade no paredão
Para as agências da ONU, a comunidade internacional está sendo testada. A recuperação econômica pode ser o ponto de virada para uma resposta eficaz e ambiciosa contra as múltiplas crises que a humanidade enfrenta. O teste final, salientam, virá em dezembro, na cidade de Copenhague, onde as nações devem fechar um novo pacto de corte de emissões de gases causadores do efeito estufa.

Um dos pontos defendidos pelas agências são as reformas fiscais no sistema financeiro. Elas acreditam que a mudança possa incentivar investimentos verdes e diminuir subsídios que resultem no uso excessivo de combustíveis fósseis na agricultura e na pesca. Além disso, a receita gerada com a eliminação desses subsídios poderia ir para o desenvolvimento de profissionais especializados em negócios ligados à economia verde, à provisão de energia limpa acessível a todos e ao apoio a outros setores.

A importância em se concluir rapidamente a Rodada de Doha também é destacada. Segundo o documento da ONU, isso pode facilitar uma recuperação baseada em uma economia de baixas emissões, em particular, no que diz respeito às negociações sobre bens e serviços ambientais, subsídios de pesca e à reforma das regras de agricultura, que poderia proporcionar a segurança alimentar para todos.

Já o relatório da WWI ressalta que a questão-chave para um novo acordo verde é a inclusão de custos econômicos e sociais na produção e no consumo. “Uma nova e real economia de mercado só é possível se esses pontos não forem excluídos. Temos a chance de não só fazer melhorias marginais, mas de agarrar o touro pelos chifres e verdadeira promover uma mudança”, diz o pesquisador da WWI, Michael Renner. Mas Achim Steiner, director executivo do Programa Ambiental da ONU, alerta: “Realizar uma transição para uma economia verde com baixa emissão de carbono e eficiente em termos de recursos não vai acontecer sem a criatividade, visão, ações e apoio de um amplo corte transversal da sociedade.”

Por: Henrique Andrade Camargo
Fonte: AmbienteJá/Mercado Ético / CarbonoBrasil


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