Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
08/07/2009
Grandes economias tentam romper impasse climático antes de G8
As maiores economias do mundo tentavam na terça-feira (7) romper o impasse entre países ricos e pobres com relação às metas para 2050 de cortes nas emissões de gases-estufa em último encontro antes de uma reunião de cúpula do G8 expandido na Itália.
Ministros e outras autoridades de alto escalão dos 17 integrantes do Fórum das Maiores Economias (MEF, na sigla em inglês) reuniram-se em Roma para tentar chegar a um acordo sobre uma declaração para os líderes, que poderia servir de base para um novo pacto climático da Organização das Nações Unidas (ONU) previsto para ser aprovado em Copenhague em dezembro.
"Queremos preparar da melhor forma possível os resultados do G8 e do MEF com a perspectiva de um ambicioso acordo sobre mudança climática em Copenhague", disse Barbara Helfferich, porta-voz do comissário europeu Stavros Dimas, presente ao encontro.
Os países do MEF, responsáveis por 80 por cento das emissões mundiais, estão divididos sobre estabelecer ou não uma meta para reduzir as emissões mundiais à metade até 2050, seguindo uma "perspectiva" adotada pelos países ricos do G8 numa cúpula no Japão no ano passado.
China, Índia e muitos outros países em desenvolvimento afirmam que as nações ricas são culpadas pela maioria das emissões de gases-estufa desde a Revolução Industrial e precisam estabelecer metas duras até 2020 nas suas próprias emissões antes de pedir ajuda.
A Índia, o quarto maior emissor do mundo de gases-estufa, diz se opor à meta do MEF para reduzir à metade as emissões mundiais até 2050, argumentando que os países em desenvolvimento precisam poder queimar combustíveis fósseis para sair da pobreza.
Se o impasse persistir, o presidente dos EUA, Barack Obama, que lançou o MEF a fim de abrir o caminho para um acordo da ONU, encerraria o encontro de 9 de julho - que faz parte da cúpula do G8 em LÁquila, na Itália - sem uma declaração aprovada por todos os 17 líderes do MEF.
Um texto preliminar datado de 30 de junho do MEF dizia: "Apoiamos uma meta global aspiracional de reduzir as emissões globais em 50 por cento até 2050, com os países desenvolvidos reduzindo as emissões em ao menos 80 por cento até 2050".
O encontro de Roma foi agendado após o pequeno avanço feito em uma reunião do MEF no México no mês passado.
O grupo ambiental Greenpeace gostou do texto preliminar.
"Ao menos o G8 está reconhecendo 2C. O palavreado deveria ter sido muito mais forte, mas ainda assim: ele está dentro", disse Tobias Muenchmeyer, do Greenpeace.
Em uma ação separada, 22 importantes cientistas da área do clima pediram em uma carta para que a cúpula estabeleça um limite máximo global nas emissões até 2020 e um corte de ao menos 50 por cento em relação aos níveis de 1990 até 2050.
Fonte: Ambiente Brasil/ Estadão Online