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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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08/07/2009

Eficiência energética e redução de CO2 no foco de Copenhague


Enquanto o G8, grupo que abrange as nações mais desenvolvidas mais a Rússia, está na Itália discutindo termos de um possível acordo climático para Copenhague, a LSE (London School of Economics and Political Science) e o InSIS (Instituto para a Ciência, Inovação e Sociedade, da sigla em inglês) da Universidade de Oxford acabam de lançar um estudo sobre estratégias para impedir o que acreditam ser um “iminente fracasso” na política climática mundial.

“Como colocar a política climática de volta no caminho” é uma sequência do estudo “As calças erradas: repensando radicalmente a política climática”, produzido em 2007 também pela LSE e a Universidade de Oxford. O estudo, então, mostrava como o Protocolo de Kyoto falhou e porque estava condenado ao fracasso.

De acordo com o novo documento, as únicas alternativas com chances de darem certo são aquelas focadas na melhoria da eficiência energética e na descarbonização do abastecimento de energia. Para Gwyn Prins, professor da LSE e coordenador do trabalho, em vez de tentar a implementação de estratégias novas, que exigem um alinhamento político sem precedentes e nunca antes alcançado no mundo, vale mais a pena investir em políticas conhecidas e viáveis.

Um dos exemplos destacados é a estratégia climática japonesa “Mamizu”. Steve Rayner, diretor do InSIS, diz que o mundo tem séculos de experiência em descarbonização do seu suplemento de energia e o Japão deixou ao mundo uma política direcionada às melhorias de eficiência energética, que deveria ser seguida por todos.

O estudo também aponta o aumento do custo-benefício das emissões de carbono na atmosfera. Se entre 1990 e 2000 a intensidade de CO2 na economia global era de 0,27 toneladas para cada mil dólares adicionados ao PIB, entre 2001 e 2006, esse número subiu para 0,53.

“Os indicadores mostram que estamos indo descontroladamente para a direção errada. O mundo tem sido recarbonizado e não descarbonizado”, alerta Prins. “A evidência é que o Protocolo de Kyoto não teve nenhum efeito significativo até agora”, completa.

Para o professor, esses são tempos confusos para qualquer um que tenha algum interesse na política climática global. Atualmente, grandes esforços institucionais e diplomáticos estão sendo feitos enquanto o mundo se prepara para o grande encontro internacional em Copenhague, em dezembro. “O melhor resultado esperado é meramente um alerta simbólico, que tem caracterizado a política climática por quase duas décadas”, lamenta.

Por: Henrique Andrade Camargo
Fonte: Mercado Ético


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