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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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13/07/2009

Relatório reúne 20 soluções para a questão climática


Fornos super eficientes, células cerâmicas de combustível, programas comportamentais e outras idéias foram apresentadas na Inglaterra e mostram que pequenas iniciativas inovadoras podem colaborar no combate ao aquecimento global

Manchester, cidade que foi um dos berços da revolução industrial e da era do carvão, reuniu no início de julho pessoas com algumas das idéias mais brilhantes, e surpreendentes, para o solucionar o problema climático.

Entre elas, vinte se destacaram, e agora integram o Manchester Report 2009, uma iniciativa do jornal britânico The Guardian em parceria com o Festival Internacional de Manchester. O documento será distribuído para políticos que estão envolvidos na criação do acordo climático pós-Quioto, o qual se espera que seja finalizado na Conferência do Clima em dezembro, em Copenhague.

Entre as idéias mais promissoras estão aquelas que provocam reduções de emissões de indivíduos, através de mudanças de comportamento ou do uso de tecnologias domésticas que aumentam a eficiência do consumo energético diário.

O inglês Peter Scott, por exemplo, sugere a produção de "Fornos Super Eficientes" para reduzir em até três toneladas anuais as emissões de dióxido de carbono (CO2) de residências. O projeto proposto por ele em Manchester utiliza menos lenha e reduz as emissões em até 50%. Um modelo simples do fogão custaria apenas £ 4, cerca de R$ 14.

Outro projeto que chamou atenção foram as “Células Cerâmicas de Combustível”, do empreendedor Mike Mason que, apesar de serem do tamanho de pratos, são capazes de produzir energia suficiente para abastecer uma casa de forma muito mais eficiente que uma grande usina energética. O produto, que a principio poderia ser vendido por pouco mais de £ 3 mil (R$ 10 mil), utiliza uma tecnologia chamada de ‘solid-oxide’, e é abastecido com gás natural, etanol ou vários outros combustíveis ‘verdes’. De acordo com Mason, sua idéia evitaria que 2,8 toneladas de CO2 fossem emitidas por cada família anualmente.

Já para a psicoterapeuta Rosemary Randall, a saída estaria em alterar o comportamento dos indivíduos através de sessões de diálogos. Ela desenvolveu o que chamou de "Conversas de Carbono", que depois de seis etapas, seriam suficientes para modificar hábitos consumistas e estilos de vida das pessoas. A terapia já teria sido altamente efetiva num grupo de 360 voluntários. Segundo Rosemary, elas imediatamente cortaram em uma tonelada anual suas emissões, e ainda fizeram planos para reduzir em mais 50% nos anos seguintes.
Quase ficção científica

Algumas idéias são de grandes proporções e empregam a geoengenharia, projetos para alterar características naturais do planeta com o objetivo de reduzir as temperaturas globais.

O professor Stephen Salter, da Universidade de Edimburgo, apresentou o plano de aumentar a quantidade e a brancura das nuvens sobre os oceanos utilizando uma esquadra de barcos manipulados por controle remoto e que lançariam uma fina camada de vapor de água do mar na atmosfera. O efeito seria o de refletir parte dos raios de sol de volta para o espaço, o que tornaria a Terra menos quente. Apesar de parece algo irreal, vale lembrar que Salter foi um dos pioneiros a imaginar um sistema de energia utilizando ondas dos oceanos, isso ainda nos anos 70.

Outra idéia apresentada é despejar milhões e milhões de toneladas de óxido de cálcio nos oceanos para potencializar a sua função como sumidouro de CO2. O consultor Tim Kruger afirma que com essa medida a acidez dos mares seria minimizada e isso aumentaria a capacidade de absorção de CO2. Atualmente, os oceanos absorvem um terço das emissões mundiais. O problema desse projeto seria o custo da produção do óxido de cálcio e o quanto dele seria necessário para realmente fazer diferença no clima.

Os organizadores do evento reconheceram que muitas das idéias são inviáveis, pelo menos nos próximos anos, mas não há dúvidas que no decorrer da história da humanidade foi nossa criatividade e inventividade que nos fizeram avançar e superar os mais diversos obstáculos. Podem ser novamente elas que irão nos livrar de um dos maiores desafios que já enfrentamos: as mudanças climáticas.

Por: Fabiano Ávila
Fonte: Carbono Brasil


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