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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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16/07/2009

Reino Unido quer 40% de energias limpas até 2020


Plano britânico afirma que é preciso zerar emissões do setor elétrico até 2050, promete a criação de 1,2 milhão de empregos e torna o país o primeiro no mundo a estabelecer ‘orçamentos de carbono´ com força de lei

O ministro de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido, Ed Miliband, detalhou nesta quarta-feira (15) de que maneira o país pretende alcançar suas metas domésticas de redução de emissões de carbono – estabelecidas pela Lei de Mudanças Climáticas aprovada no fim do ano passado – que determinam o corte de pelo menos 34% até 2020, em relação aos níveis de 1990.

Segundo o Plano de Transição de Baixo Carbono, 50% dos cortes de emissões virão de mudanças no setor de energia, 15% de construções de casas mais eficientes, 10% de melhoras nos ambientes de trabalho, 20% dos transportes e 5% da agricultura e uso da terra.

O grande foco do plano é o setor energético e o documento afirma que é necessário eliminar o carbono da eletricidade até 2050. Para alcançar isso, espera-se que 40% da energia elétrica usada no país, já em 2020, venham de fontes de baixo carbono, sendo 30% de renováveis, e o resto de usinas nucleares (incluindo novas que serão construídas) e de carvão limpo.

Também foi sugerida a criação de um incentivo chamado “clean energy cash-back”, algo como dinheiro de volta por sua energia limpa, que irá pagar para pessoas e empresas que gerarem eletricidade de baixas emissões.

Entre as promessas do plano estão a criação de 1,2 milhão de empregos, reformas em sete milhões de residências, com 1,5 milhão delas recebendo suporte para produzir sua própria energia, e carros mais limpos, com 40% menos emissões.

Será criado ainda um orçamento de carbono para cada departamento do governo, que funcionará de forma similar ao orçamento financeiro. Dessa forma, o Reino Unido se torna o primeiro país no mundo a estabelecer ‘‘orçamentos de carbono’’ com força de lei.

“Para o Reino Unido, combater as mudanças climáticas e fazer a transição para uma economia sustentável e de baixo carbono faz sentido para a economia, segurança e sociedade do país’’, afirmou Miliband.

Também foram publicados “A Estratégia Industrial de Baixo Carbono do Reino Unido”, “Estratégia para Energias Renováveis do Reino Unido” e o “Transporte de Baixo Carbono: um futuro mais verde”, que explicam com mais detalhes como serão possíveis todos os benefícios apresentados.
Energia

A previsão é de que até £ 180 milhões (R$ 570 milhões) serão investidos para promover energias eólicas e de marés. Os planos incluem a criação de uma área econômica de baixo carbono no sudoeste britânico para promover tecnologias marítimas e recursos para a instalação de até três mil turbinas no litoral.

Serão gastos ainda £ 15 milhões (R$ 47,5 milhões) para estabelecer um Centro Avançado de Pesquisa e Fabricação Nuclear, para desenvolver a próxima geração de energia deste tipo.

Para tornar a rede elétrica mais eficiente e confiável, £ 6 milhões (R$ 19,2 milhões) serão investidos para os primeiros passos da criação de uma ‘smart grid’, que possibilita, entre outros benefícios, um maior controle da distribuição da energia. Esta tecnologia permitirá a venda de excedente de energia produzida em residências, por painéis solares por exemplo.

Outros £ 10 milhões (R$ 31,7 milhões) irão para uma infra-estrutura de abastecimento de carros elétricos.

Durante a divulgação do plano, Miliband lembrou a recente reunião do G8, quando, segundo ele, os países ricos mostraram claros sinais de que querem se comprometer na luta contra as mudanças climáticas.

‘‘Os países desenvolvidos agora têm que demonstrar sua liderança e ambição se quiserem ser levados a sério pelos países em desenvolvimento. É por isso que eu acredito que todos os países desenvolvidos precisam de um plano para uma transição para baixo carbono. Hoje nós publicamos o nosso, mostrando que o Reino Unido tem vontade e está apto a cumprir seu papel no acordo de Copenhague com políticas de verdade e cortes reais em emissões’’, concluiu o ministro.

Por: Fabiano Ávila
Fonte: CarbonoBrasil


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