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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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30/07/2009

Para ONU, China será país-chave nas negociações em Copenhague


O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, é enfático ao afirmar que, sem a China, não haverá sucesso nas negociações climáticas em dezembro, na cidade de Copenhague, na Dinamarca. Ele acredita que, com o apoio daquele país, serão maiores as chances de se chegar a um acordo ambicioso, justo, efetivo, com bases científicas e benéfico a todos os países.

Por essa razão, o secretário pediu aos chineses, na última sexta-feira (24/7), para que juntem forças com outros países industrializados a fim de diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

“A China tem conseguido o maior crescimento econômico do mundo nos últimos tempos. Também lidera em emissões de CO2″, diz Ki-moon. “Ao mesmo tempo, esse é um dos países mais vulneráveis aos impactos da mudança climática. Isso torna crucial para seus cidadãos e para cidadãos de todo o mundo que sua sustentabilidade econômica e políticas de energia limpa caminhem juntas”, completa.

Se assim for, o secretário acredita que a China será a vanguarda da economia de amanhã e servirá como modelo para todo o mundo. “A forma como o país trata a questão pode demonstrar para as outras nações que ele está preparado para assumir um papel de líder mundial no século 21″, diz ele.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, apóia o papel de liderança da ONU na questão, mas diz que os países desenvolvidos deveriam oferecer mais ajuda para as nações em desenvolvimento, como apoio financeiro e tecnológico, que podem contribuir para um desenvolvimento sustentável de todos.

“O aquecimento global está acelerando muito mais rápido do que se esperava. Isso significa que todos os países precisam agir mais e basearem seus atos nos princípios comuns, mas com diferentes responsabilidades”, afirma ele.

Parceria com os EUA

Aparentemente, o pedido de Ban Ki-Moon surtiu efeito. Como mostra uma reportagem do site Carbono Brasil, a China e os EUA, os maiores emissores de gases de efeito estufa, assinaram, nesta terça-feira (28/7), um acordo, no qual comprometem-se a aumentar a cooperação em 10 áreas. Entre elas estão: eficiência energética, renováveis, uso de carvão limpo, redes inteligentes de eletricidade e carros elétricos.

“Nossos países têm uma grande contribuição a dar no esforço global para combater as mudanças climáticas, na busca por energias mais limpas e na proteção do meio ambiente”, diz o conselheiro de Estado chinês, Dai Bingguo.

Durante a cerimônia de assinatura do memorando, realizada em Washington, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que o ato demonstra a importância das mudanças climáticas no relacionamento entre os dois países, ao criar uma plataforma para o diálogo e cooperação política. “Além disso, ele nos fornece diretrizes para trabalharmos juntos nas negociações climáticas internacionais e acelerar a transição para uma economia de baixas emissões.”

Os chineses também parecem satisfeitos com o documento, mas deixam transparecer nas entrelinhas que são os EUA que devem ter que se empenhar mais para compensar as emissões feitas no passado.

Pegada ecológica

De acordo com um relatório do Greenpeace, a China é o maior emissor de gases de efeito estufa. Uma reportagem da agência de notícias Reuters revela que, no ano passado, as dez maiores termelétricas do país queimaram 600 milhões de toneladas de carvão. Isso corresponde a 1,44 bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera.

A poluição é tanta, que se forem analisados os resultados apenas das três maiores companhias elétricas, as emissões superam as do Reino Unido, um dos países mais dependentes de combustíveis fósseis.

Mas a China, mesmo mostrando avanços em energias renováveis, não deve abandonar o carvão. Pelo menos no curto prazo, o país precisa do combustível para manter seu crescimento sem comprometer sua segurança energética, como aponta a matéria da Reuters. Por outro lado, mesmo sendo os maiores emissores mundiais, os chineses poluem muito menos por habitante do que as nações mais ricas.

Por: Henrique Andrade Camargo, do Mercado Ético
Fonte: Envolverde/Mercado Ético


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