Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
21/08/2009
Processo mais barato remove enxofre e CO2 das emissões de usinas
O Departamento de Energia do Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste, nos Estados Unidos, desenvolveu um líquido orgânico reutilizável capaz de retirar gases tóxicos como o dióxido de carbono (CO2) ou o dióxido de enxofre (SO2) das emissões das usinas de energia. O processo pode substituir os métodos atuais e permitir às usinas capturar o dobro da quantia de gases tóxicos usando menos água, energia e dinheiro. “As usinas poderiam com facilidade se aperfeiçoar para usar nosso processo substituindo as tecnologias existentes”, assegura David Heldebrant, chefe dos pesquisadores do projeto.
Os gases tóxicos com o dióxido de carbono e o dióxido de enxofre são chamados de “gases ácidos”. O novo processo de limpeza emprega gases ácidos ligados a líquidos orgânicos que se parecem com compostos de óleo. Esses líquidos capturam os gases quando estão próximos da temperatura ambiente.
Os líquidos recicláveis requerem muito menos energia para serem aquecidos, mas podem capturar duas vezes mais gases tóxicos do que o líquido utilizado pelas usinas atualmente, uma mistura de água e monoetanolamina, uma molécula orgânica que captura o dióxido de carbono.
A pesquisa anterior do laboratório com líquidos orgânicos era focada apenas na captura de dióxido de carbono. A atual mostra como o processo pode ser aplicado a outros gases ácidos como o dióxido de enxofre.
“Os métodos atuais para capturar e liberar as emissões de dióxido de carbono das usinas usam mais energia porque eles absorvem e aquecem em excesso a água durante o processo”, explica Heldebrant. Ele lembra que a monoetanolamina é muita corrosiva para ser usada sem água em excesso.
No processo desenvolvido pelo laboratório, batizado “Captura Reversível de Gases Ácidos”, as moléculas que aderem aos gases já estão em forma líquida e não contêm água. O gás ligado ao líquido requer menos calor que a água para soltar o gás capturado.
Heldebrant e seus colegas demonstraram o processo em um trabalho prévio com dióxido de carbono ligado a um líquido orgânico chamado de CO2BOL. Nesse processo, os cientistas misturaram a solução em um tanque com gases de dióxido de carbono. O CO2BOL se ligou ao gás formando uma solução salina.
Em outro tanque, os pesquisadores reaqueceram a solução salina para extrair o dióxido de carbono. Os componentes tóxicos são então capturados. Nesse ponto, o CO2BOL volta seu estado original – pronto para ser reutilizado.
Fonte: G1