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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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20/09/2009

Usinas nucleares serão necessárias para atender à demanda no Brasil a partir de 2025


A utilização de usinas nucleares para gerar energia elétrica a partir de 2025/2030 será necessária para atender ao consumo brasileiro — quando aquela oriunda das hidrelétricas, a mais barata e limpa em termos ambientais, estará esgotada. No plano estratégico do governo já estão previstas mais quatro usinas nucleares, sendo duas entre o Norte do Rio e o Sul do Espírito Santo. As outras deverão ficar no Nordeste.

Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, os estudos para escolher os locais definitivos serão feitos em 2010. Elas ficarão na mesma área, como acontece com as três usinas de Angra dos Reis.

— O potencial brasileiro se esgota. São 260 gigawatts (GW) de potencial que o país tem e só vai usar 180GW, pois 80GW estão em terras indígenas e parques nacionais, onde não se pode aproveitá-los. Esses 180GW não são suficientes para atender à demanda — disse Ventura.

No período em questão, a população vai passar de 185 milhões para 238 milhões, um aumento de 53 milhões — mais que os 40 milhões da Espanha e os 51 milhões do Nordeste.

O fato é que, após ter sido considerada vilã e uma opção perigosa em termos de abastecimento, a energia nuclear vem sendo apontada internacionalmente como uma das mais importantes alternativas para combater o aquecimento global e a poluição. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, afirma que a energia nuclear entrará fortemente em vários países.

Sem estímulo, mão de obra vai se perder, afirma EPE
As usinas de energia eólica funcionam 40% do tempo, e as de biomassa, movidas a bagaço de cana, trabalham sete meses no ano, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim:

— A saída são as térmicas a carvão ou as nucleares, que têm mais ou menos o mesmo preço. Mas o carvão tem muitas restrições ambientais. O preço da energia nuclear é bastante competitivo, entre R$ 120 e R$ 170 o megawatt-hora (MWh). O da gerada por gás natural está entre R$ 120 e R$ 190. A mais barata é a hidrelétrica: de R$ 60 a R$ 120.

Tolmasquim ressaltou que, neste momento, a opção pelas usinas nucleares é estratégica. Ele destacou que só três países dominam toda a cadeia de enriquecimento do urânio: Brasil, Estados Unidos e Rússia.

— Se não houver estímulo, vamos perder a formação de mão de obra, que é do tempo do acordo Brasil-Alemanha (década de 70) — afirmou.

O grande problema da energia nuclear continua sendo onde depositar os rejeitos, ou lixo atômico. Hoje, Angra 1 e 2 utilizam um sistema precário de piscinas. O Greenpeace lembra que a construção de mais usinas e o término de Angra 3 significarão mais lixo radioativo.

:Por Mônica Tavares
Fonte: O Globo / IHUnisinos / AmbienteJá


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