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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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06/10/2009

ONU deve balizar debate sobre clima, diz Lula


ESTOCOLMO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que cada país precisa assumir a sua responsabilidade na luta contra as mudanças climáticas, reivindicando que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja a referência internacional para o balizamento dos números envolvidos na discussão, como o volume que cada nação emite de gases do efeito estufa. " Desse modo, você sabe a responsabilidade de cada um, vai saber quanto cada um terá de fazer de reflorestamento ou quanto vai ter de reduzir de emissões " , disse Lula, ao chegar ontem em Estocolmo, onde participa hoje da 3ª Cúpula Brasil -União Europeia (UE), reunião em que a questão ambiental será um dos pontos centrais em discussão.

Lula voltou a insistir que o combate às mudanças climáticas não pode passar pelo sacrifício do desenvolvimento das nações mais pobres. " Os países ricos não podem achar que os países pobres tem que continuar pobres e preservar suas florestas, enquanto eles continuam crescendo e construindo muito. É preciso que haja possibilidade de os países pobres se desenvolverem " , disse.

Segundo Lula, trata-se de uma " discussão mais profunda " , que o Brasil fará " com maturidade " . " De uma coisa todo mundo tem certeza: é preciso recuperar a qualidade de vida no planeta, e aí nós temos que diminuir as emissões e estamos dispostos a fazer isso " .

O presidente brasileiro afirmou que a posição brasileira a ser levada para a cúpula do clima, marcada para Copenhague, em dezembro, " está sendo construída " . " Nós temos muita gente trabalhando nisso. O Ministério do Meio Ambiente, o Itamaraty, o companheiro Pinguelli (Luiz Pinguelli Rosa), que coordena a comissão nacional sobre clima, e a própria companheira Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil) " , disse Lula, lembrando que o país já teve encontros com países como a França e já discutiu o assunto no âmbito do G-20 (os 19 países mais industrializados do mundo mais a UE).

Ele se mostrou disposto inclusive a ir a Copenhague, caso outros presidentes compareçam à cúpula do clima em dezembro. " Se os presidentes vierem, eu estarei em Copenhague com a minha delegação para não apenas mostrar o que estamos fazendo na Amazônia, o zoneamento agroecológico, mas também o que nós achamos que os outros têm que fazer. "

Lula aproveitou também para dizer que chegou a hora de o Brasil obter um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), depois de comentar a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016. " Acho que foi uma conquista muito bonita (o direito de organizar os Jogos Olímpicos). O Brasil merecia e agora vamos ver se a gente tem outras conquistas. Eu ainda acho que o Brasil precisa conquistar o Conselho de Segurança das Nações Unidas. "

Para Lula, é uma questão que está muito madura. " Acho que é uma questão de tempo. Eu quero ver se a gente conquista porque aí a gente vai democratizar a ONU, vai ser melhor para o mundo e vai ser bom para o Brasil " , disse ele, ressalvando, porém, que " de qualquer forma nós temos que ir devagar nisso " , para não despertar ciúme ou uma disputa desnecessária. Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido são os cinco membros permanentes do conselho de segurança, que tem ainda dez integrantes rotativos, eleitos a cada dois anos.

Fonte: Valor Online


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