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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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13/10/2009

Brasil estuda estabilizar emissões de gases de efeito estufa até 2020


O Brasil pode chegar a 2020 com os mesmos índices de emissão de gases de efeito estufa medidos em 2005, de 2,2 bilhões de toneladas anuais, sem comprometer a meta de crescimento econômico de 4% ao ano. A conta é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que apresentou hoje (13) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta da pasta para a posição a ser defendida pelo Brasil na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, em dezembro, em Copenhague.

"Se nada for feito, vamos chegar a 2020 com 2,8 bilhões de toneladas, um crescimento de 30%", comparou Minc, que aposta da redução do desmatamento, no combate à desertificação, no uso de etanol e de biocombustíveis e no estimulo ao uso de carvão vegetal para reduzir a curva de crescimento de emissões do país e estabilizar as emissões até 2020.

O esforço, no entanto, depende de recursos internacionais. A convenção da ONU sobre mudanças climáticas prevê que países ricos financiem ações de redução nas nações em desenvolvimento, mas o mecanismo para o repasse e os valores ainda não estão definidos. Pelos cálculos de Minc, seriam necessários cerca de de US$ 10 bilhões por ano para financiar as ações brasileiras.

"As faixas [de redução] vão depender de fundos internacionais. É preciso ampliar os fundos que os ricos estão se dispondo a oferecer. Atualmente falam em US$100 bilhões [para investimentos em todo os países em desenvolvimento], mas o Brasil defende pelo menos três ou quatro vezes mais", afirmou.

Além da proposta do Ministério do Meio Ambiente, os ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, também apresentaram propostas para a posição do Brasil em Copenhague. "Não foram posições divergentes. Agora vamos sintetizar em uma proposta só", disse Minc.

A ideia é fechar a posição brasileira ainda este mês, provavelmente no dia 20, quando o presidente Lula deve se reunir novamente com os ministros responsáveis pela negociação e com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Segundo Minc, Lula ainda pretende reunir presidentes de países da região Amazônica para acertar uma posição conjunta sobre a inclusão das florestas no novo acordo climático global.

Fonte: Agência Brasil, 13 de outubro de 2009.


Foto: Alan Marques/ Folha Imagem

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