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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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03/11/2009

O fim de um ícone


Monte Kilimanjaro perde suas últimas geleiras. Neve desaparecerá em 20 anos

A conferência do clima de Copenhague acontecerá à sombra dos momentos finais de um dos maiores símbolos da África. A icônica imagem do cume gelado do Monte Kilimanjaro já é passado, pois existe muito menos neve lá agora do que há 20 anos. E um estudo apresentado ontem não dá mais do que outras duas décadas para os últimos campos de gelo desaparecerem por completo. Possivelmente, em dez anos não haverá neve, indicou a pesquisa, a mais detalhada já realizada.

A causa mais provável, afirmam pesquisadores, é o AQUECIMENTO GLOBAL. Geleiras tropicais, como o Kilimanjaro, estão entre os lugares mais vulneráveis da Terra à elevação da temperatura.

Localizado na Tanzânia e com 5.892 metros de altura, o Kilimanjaro é o ponto mais elevado do continente africano - e também uma das suas imagens mais conhecidas, atraindo 40 mil turistas por ano. Mas dificilmente Ernest Hemingway teria inspiração hoje para escrever "As neves do Kilimanjaro", publicado pela primeira vez em 1936. A paisagem atual é um arremedo daquela vista nas primeiras décadas do século passado.

Na verdade, hoje existe 15% do gelo registrado em 1912, quando começaram medições regulares. E análises do gelo e das rochas indicam que a montanha nunca teve uma cobertura de neve tão pequena nos últimos 11.700 anos, nem mesmo durante períodos de seca severa, que duraram mais de 300 anos.

As geleiras do Kilimanjaro não só encolhem quanto afinam, explica o pesquisador Lonnie Thompson, da Universidade Estadual de Ohio, que liderou o estudo publicado hoje na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

- Se as atuais condições permanecerem, os campos de gelo do cume do Kilimanjaro não sobreviverão - disse Thompson.

A triste sina dos trópicos

O mesmo fenômeno visto no Kilimanjaro se repete em outras geleiras situadas próximo à Linha do Equador.

Na África, o Monte Quênia e as Montanhas Rwenzori se despedem de sua cobertura de gelo. O mesmo acontece nos Andes tropicais e nos Himalaias, a mais elevada cadeia montanhosa da Terra.

- O fato é que muitas geleiras dos trópicos e subtrópicos apresentam as mesmas respostas ao que parece ser uma causa comum - declarou Thompson. - O aumento da temperatura da Terra junto à superfície e uma elevação ainda maior na da troposfera média e superior nos trópicos, documentados nas últimas décadas, devem estar relacionados ao que estamos presenciando
Satélite medirá ciclo da água

O diagnóstico das mudanças climáticas acaba de ganhar um reforço. A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) lançou ontem, de uma base russa, o satélite SMOS, que vai medir a umidade dos solos e a salinidade dos oceanos. Sua missão deve contribuir para avanços na previsão do tempo e de catástrofes naturais, como enxurradas.

A medição das alterações climáticas será feita por um radiotelescópio instalado dentro do satélite. O SMOS permitirá aos cientistas entender melhor a escala e intensidade do ciclo hidrológico do planeta - ou seja, a troca constante de água entre o solo, o oceano e a atmosfera. Espera-se que a missão também tenha aplicações práticas na agricultura e no gerenciamento de recursos hídricos, entre outras atividades econômicas.

A missão da SMOS custou cerca de 315 milhões de euros à ESA. A estimativa é de que o satélite vai operar por pelo menos três anos.


Fonte: O Globo


Foto: AFP

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