Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
03/11/2009
Rússia lança satélite SMOS para estudar a água da Terra
MOSCOU, Rússia - A Rússia lançou com sucesso um foguete Rokot com dois satélites europeus, SMOS e Proba-2, que terão como objetivo proporcionar dados sobre o aquecimento do planeta e outras mudanças climáticas, anunciou a agência russa RIA Novosti.
O lançamento aconteceu na base militar de Plesetsk.
O SMOS (Soil Moisture and Ocean Salinity) deve recolher sinais de rádio emitidos pelas águas e que permitirão determinar as mudanças produzidas no ciclo das águas pelo aquecimento do planeta e outras mudanças climáticas.
O SMOS fornecerá dados sobre a umidade do solo e medirá a salinidade dos oceanos.
O Proba-2 vai testar alguns equipamentos espaciais em condições reais de voo espacial e observar o sol, destacou a Agência Espacial Europeia (ESA).
"A água nos solos e o sal nos oceanos são duas variantes chave ligadas ao ciclo da água na Terra, com um impacto na meteorologia e no clima", explica um comunicado da ESA.
A agência ressalta que o SMOS permitirá medições globais para todo o planeta.
"O aquecimento global é um fato, mas suas consequências no ciclo da água (chuvas, evaporação, jorro, infiltrações no solo, armazenamento, etc) são incertas", afirmou Yann Kerr, diretor científico da missão SMOS no Centro de Estudos Espaciais da Bioesfera (CESBIO).
Por isto é necessário ter dados melhores para que se possam construir modelos climáticos confiáveis, completou.
Para o impacto da mudança no clima em uma região precisa do globo, a disponibilidade de água contribui de forma mais importante que a temperatura.
A estimativa do conteúdo em água dos solos, na "zona das raízes", é considerado essencial para melhorar as previsões meteorológicas e antecipar os riscos de inundações, secas ou ondas de calor.
Os dados do SMOS permitirão estabelecer mapas da umidade do solo com uma resolução média de 43 km.
De sua órbita polar, a 758 km de altitude, o satélite SMOS vai varrer a totalidade da superfície do globo a cada três dias.
O SMOS também deve medir as variações do sal na água superficial dos oceanos, o que influi na circulação global da água na superfície do globo.
O movimento de afundamento da água fria e densa e de elevação da água quente, comparado a uma gigantesca fita transportadora oceânica, regula o clima do planeta.
Uma desaceleração desta rotação das águas, que demora até 1.000 anos antes de voltar ao ponto de partida, pode repercutir no clima.
A salinidade média dos oceanos corresponde a 35 gramas de sal por litro de água. O SMOS, acumulando dados de 30 dias, poderá detectar o conteúdo de sal em um litro de água com uma aproximação de um décimo por grama.
Os dados do SMOS serão explorarados pela meteorologia. Os agricultores, os pescadores e os navegadores figuram entre os potenciais beneficiários.
Fonte: AFP
Foto: AFP