Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
11/12/2009
Esboço de acordo climático prevê limitar aquecimento global entre 1,5 e 2 graus
Um primeiro rascunho de um acordo da conferência da ONU sobre as mudanças climáticas em Copenhague, divulgado nesta sexta-feira (11) propõe a limitação da alta da temperatura do planeta entre 1,5 a 2 graus Celsius, sem uma opção no momento por alguma das duas possibilidades, segundo um documento do qual a agência de notícias "France Presse" obteve uma cópia nesta sexta-feira (11).
As partes devem cooperar para evitar uma mudança climática perigosa [...], reconhecendo que a alta da temperatura média global em relação aos níveis pré-industriais não deve superar" essas temperaturas, afirma o documento, de sete páginas, divulgado nesta sexta-feira às 8h30 locais, e que será utilizado a partir de agora como base das negociações.
A limitação a 1,5 grau é proposta pelos pequenos Estados insulares e por vários países africanos gravemente ameaçados pelo aquecimento global.
A outra proposta, de uma limitação do aumento da temperatura a 2 graus, é defendida tanto pelos países ricos como pelos grandes emergentes, incluindo Brasil, China e Índia.
Redução da emissão de gases do efeito estufa
O mundo deve reduzir as emissões de gases do efeito estufa pela metade até 2050, de acordo com um esboço de texto proposto por um dos principais negociadores na conferência em Copenhague.
O texto, proposto por Michael Zammit Cutajar, também afirma que os países em desenvolvimento deveriam tomar a liderança com cortes mais profundos entre 2020 e 2050. O texto propõe cortes globais que variam entre 50%, 85% ou 95% até 2050. Os valores deverão ser decididos pelos líderes presentes em Copenhague até o final da conferência, no próximo dia 18. Mais de 110 líderes mundiais devem discutir o assunto na cúpula de encerramento do evento.
"As partes devem cooperar para evitar uma perigosa mudança climática", diz o texto, proposto pelo maltês Cutajar, que preside as negociações sobre as medidas de longo prazo a serem tomadas por todos os países, como parte da conferência de 7 a 18 de dezembro, que discute as linhas gerais de um novo tratado climático global.
"As partes deveriam reduzir coletivamente as emissões globais em pelo menos [50/85/95] por cento em relação aos níveis de 1990 até 2050, e deveriam assegurar que as emissões globais continuem a declinar a partir de então", diz a proposta. Os números aparecem entre colchetes, significando que ainda não há acordo a respeito.
Para os países ricos, o texto sugere uma redução de 75% a mais de 95%, sempre para o período 1990-2050.
A proposta também contempla uma meta intermediária para 2020, que pode ser da ordem de 25% - 40%, ou até mesmo de 45%, sempre em relação aos níveis de 1990.
China, Índia, Brasil e outros países emergentes relutam em aceitar a meta de redução global das emissões pela metade até 2050, por temerem que isso restrinja o seu crescimento econômico. Por isso, exigem metas mais ambiciosas dos países ricos.
O texto diz que os países em desenvolvimento deveriam fazer um "desvio substancial" para reduzir o crescimento das suas emissões até 2020, ou que reduzam esse aumento em 15% - 30% em relação aos níveis atualmente previstos.
Fonte: UOL Notícias, com informações da AFP e da Reuters
Foto: AFP