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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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20/01/2010

Redução de consumo é chave para reverter mudanças climáticas


Você conhece o american way of life? Consumo, consumo, consumo. Pois é, este estilo, que não é exclusivo dos americanos, mas está presente em todo o mundo globalizado, Brasil inclusive, tem que ser repensado e se possível abandonado. É o que apregoa relatório divulgado ontem pelo Worldwatch Institute, segundo o qual a luta contra o aquecimento global passa por uma renúncia ao consumismo.

– Temos visto esforços para combater as mudança climática nos últimos anos. Mas realizar esta virada tecnológica e política e manter uma cultura centrada no consumismo e no crescimento não é compatível – diz Erik Assadourian, do Worldwatch Institute.

Segundo o relatório, os gastos com consumo nos países industrializados representam de 70% do PIB destas nações: a população mundial consumiu US$ 30,5 trilhões em bens e serviços em 2006, um aumento de 28% em dez anos. Este crescimento implica um impacto monumental no meio ambiente, uma vez que requer o aumento da extração de matérias-primas e do consumo de energia. Ainda segundo a instituição, as 500 milhões de pessoas mais ricas do mundo (cerca de 7% da população) são responsáveis por 50% das emissões de CO2 contra 6% dos 3 bilhões mais pobres.

Segundo o Worldwatch Institute, o americano médio consome mais do que o seu próprio peso em produtos por dia, “alimentando uma cultura global do excesso que vem emergindo como a maior ameaça para o planeta”.

O culto do consumo pode atrasar a mudança de paradigma da economia, para um modelo sustentável e baseado majoritariamente em energias limpas, como solar e eólica.

Civilização – Até reconhecermos que nossos problemas ambientais, das mudanças climáticas ao desmatamento e à perda de espécies, são movidos por hábitos insustentáveis, não seremos capazes de resolver as crises ecológicas, que ameaçam acabar com a civilização – disse Assadourian ao jornal The Guardian.

De acordo com o Worldwatch, a cultura do consumismo está se espalhando pelo planeta. Ao longo dos últimos 50 anos, ter um carrão ou outros símbolos de status passou a ser um valor para populações de países emergentes, como Brasil, Índia e China, que acaba de ultrapassar os Estados Unidos como o mercado mundial de carros.

O relatório conclui que o consumismo não é uma “consequência natural” do crescimento econômico, mas é fruto de esforços das grandes corporações e suas campanhas publicitárias para conquistar os consumidores.

Por outro lado, aponta o relatório, nem tudo está perdido.

Segundo os instituto, as gerações mais jovens parecem ser mais conscientes, fruto de campanhas educativas, como programas de merenda escolar que buscam incentivar hábitos alimentares mais saudáveis entre as crianças.

Fonte: Jornal do Brasil Online


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