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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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10/05/2010

Danos ambientais podem ser irreversíveis, alerta ONU


A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu hoje que a "enorme" perda de vida sustentável em ambientes naturais deve se tornar irreversível se os objetivos globais para impedir as perdas não forem atingidos neste ano. "Este relatório indica que estamos chegando a um ponto sem retorno no qual danos irreversíveis serão causados a menos que tomemos atitudes urgentemente", disse Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da Convenção de Diversidade Biológica da ONU.

O estudo "Perspectivas Globais de Biodiversidade" descobriu que o desmatamento, a poluição e a exploração excessiva estão prejudicando a capacidade produtiva dos ambientes mais vulneráveis, dentre eles as florestas da Amazônia, lagos e recifes de corais. Djoghlaf argumentou que as taxas de extinção de algumas espécies animais e vegetais atingiram um pico histórico, até mil vezes maiores que as vistas antes, chegando mesmo a afetar colheitas e criação de animais.

O relatório da ONU foi baseado, em parte, em 110 relatórios nacionais feitos com o objetivo de atender a promessa de 2002 de "reduzir significativamente" ou reverter a perda de biodiversidade. Djoghlaf disse aos jornalistas que nenhum país atingiu as metas. "Continuamos a perder biodiversidade numa taxa sem precedentes".

Principais alvos

Três potenciais pontos sem retorno foram identificados: o clima global, as chuvas regionais e a perda de espécies de plantas e animais são prejudicados pelo contínuo desmatamento da floresta amazônica, diz o relatório. Muitos rios e lagos estão se tornando contaminados por algas, deixando suas águas com pouco oxigênio e matando peixes, afetando o sustento e a recreação de populações locais. E os recifes de coral estão desaparecendo em razão da combinação de águas mais ácidas e mais quentes, bem como a pesca predatória, diz o documento.

O diretor-geral do Programa de Meio Ambiente da ONU, Achim Steiner, destacou o valor econômico e o retorno do "capital natural" e seu papel em assegurar a saúde do solo, dos oceanos e da atmosfera. "A humanidade fabricou a ilusão de que de alguma forma pode ficar sem a biodiversidade ou que isso é de alguma forma periférico ao mundo contemporâneo", disse Steiner.

"A verdade é que precisamos dela mais do que nunca em um planeta de 6 bilhões de habitantes que se encaminha para ter 9 bilhões de pessoas em 2050." O relatório afirma que a biodiversidade é uma preocupação central para a sociedade que poderia ajudar a lidar com a pobreza e melhorar a riqueza, merecendo tanta atenção quando a crise econômica por apenas uma fração do custo dos recentes empréstimos financeiros.

O relatório defende uma nova estratégia para lidar com essas perdas, juntamente com medidas mais tradicionais, como a expansão de áreas naturais protegias e o controle da poluição. Elas incluem tentativas de regular a devastação do solo, pesca, comércio e crescimento populacional, ou mudanças, em parte pensadas para interromper subsídios "prejudiciais" ou "perversos". As questões levantadas pelo relatório devem ser discutidas durante uma reunião da ONU sobre biodiversidade que acontecerá em outubro, no Japão. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado


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