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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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07/06/2010

Pantanal pressionado


O Pantanal perdeu, entre 2002 e 2008, 4.279 quilômetros quadrados, o que representa 2,82% de sua área total. Estes são alguns números do primeiro levantamento oficial sobre o desmatamento no bioma, divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Ministério do Meio Ambiente. A cifra é três vezes menor do que a apresentada no estudo feito por organizações não-governamentais para o mesmo período, publicado no final de maio.

Segundo levantamento do MMA, a taxa média anual de desmatamento registrada nestes seis anos para o bioma foi de 713 km², ou 0,47%, o que representa o segundo maior índice de desmate no mesmo período entre os biomas monitorados até agora. O Pantanal só perde para o Cerrado, segundo Ministério.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a produção de carvão vegetal, usado para abastecer a siderurgia de Corumbá, e a pecuária, estão entre as principais causas do desmatamento. A cidade de Corumbá (MS) é, em números absolutos, o responsável pelo maior índice de desmatamento entre 2002 e 2008. Historicamente, entretanto, este título fica com o município de Cáceres, que sempre apresentou os maiores índices de perda de vegetação, segundo o MMA.

Já segundo o estudo feito em parceria entre as ONGs WWF, Conservação Internacional, SOS Pantanal e SOS Mata Atlântica, além da Fundação Avina e Embrapa, a perda total do bioma entre 2002 e 2008 foi de 12,4 mil km². A pressão maior está sobre o planalto do bioma, que possui apenas 41,8% de sua cobertura original. A região de planície conserva ainda 86,6% de sua vegetação original.

De acordo com este estudo, a pecuária é o principal vetor de desmatamento no Pantanal. A conversão de vegetação em pastagens é responsável por 11,1% do uso da terra na área de planície e 43,5% no planalto. A agricultura ocupa 0,3% da região de planície do bioma e 9,9% do planalto.

A grande diferença entre os números do MMA e ONGs deve-se, principalmente, à área considerada para estudo. O levantamento do Ministério levou em conta somente os limites do bioma Pantanal, desconsiderando a área da Bacia do Alto Paraguai, por considerar que as nascentes do Rio Paraguai encontram-se nos domínios do bioma Cerrado. Segundo o MMA, até o final do ano serão realizadas 10 operações estratégicas nas áreas onde a pressão por desmatamento é maior.

Fonte: O Eco/ Cristiane Prizibisczki


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