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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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23/12/2008

Mudança climática pode acabar com a neve no Natal do Norte


As chances um Natal branco nas regiões temperadas do Hemisfério Norte diminuíram no último século e devem se reduzir ainda mais até 2100, segundo especialistas de clima.

Embora partes da Ásia, da Europa e da América do Norte ainda possam ter o chão coberto de branco nesta semana, o aumento de 0,7 grau Celsius nas temperaturas médias do planeta desde 1900 e as projeções feitas para 2100 indicam uma tendência inexorável.

"A probabilidade do solo estar coberto por neve no Natal já é menor do que há 50 anos, mas se tornará uma raridade ainda maior em muitos lugares até o final do século", disse Friedrich-Wilhelm Gerstengarber, climatologista do Instituto Potsdam para a Pesquisa do Impacto Climático.

Em Berlim, que fica no norte da Alemanha, por exemplo, as chances de neve no solo nos dias 24, 25 e 26 de dezembro caíram de 20 por cento há um século para aproximadamente 15 por cento em 2008, segundo ele. Até 2100, essa probabilidade deve cair para menos de 5 por cento.

A última vez que a capital alemã ficou coberta de Neve no Natal foi em 2001. Neste ano, está prevista uma nevasca "festiva", mas insuficiente para cobrir o chão de branco.

Em cidades com climas mais marítimos, como Londres, e com climas continentais suaves, como Paris, o "Natal branco" é ainda mais raro, e passará a ser uma extravagância dentro de cem anos, segundo o cientista. Para este ano, não há previsão de neve em nenhuma dessas capitais.

"A saudade da neve no Natal parece crescer conforme ela se torna mais rara", disse Gerstengarber à Reuters, lembrando que cidades baixas, como Berlim (30 metros sobre o nível do mar), provavelmente nunca mais terão neve acumulada no chão por volta de 2100.

Apostar se o Natal será ou não "branco" já é um passatempo em alguns países, como a Grã-Bretanha, e os palpiteiros terão de levar cada vez mais em conta o aquecimento global, segundo os cientistas.

Há cada vez mais sinais de que a ação humana -- especialmente a queima de combustíveis fosseis -- está provocando alterações climáticas no planeta. As emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, cresceu cerca de 70 por cento desde 1970, e na pior das hipóteses pode mais do que dobrar em relação aos valores atuais até 2050, segundo uma comissão científica da ONU.

O aquecimento deve provocar inundações, ondas de calor, tempestades e elevação do nível dos mares. Paal Prestrud, diretor do Centro para a Pesquisa Climática e Ambiental, de Oslo, disse que o "white Christmas" ("Natal branco") imortalizado na canção de Irving Berlin (1940), famosa na voz de Bill Crosby, será cada vez mais raro nas próximas décadas, até mesmo na sua Noruega.

"A probabilidade de neve no Natal declinou ainda mais rápido em lugares como Oslo, onde as temperaturas médias no verão estão quase 1C mais elevadas, e a primeira parte do inverno está especialmente quente", disse Prestrud à Reuters. "As condições para o esqui cross-country se deterioraram. Há agora uma média de cem dias (por ano) com pelo menos 25 centímetros de neve. Em 1900, eram 150", disse ele. Na segunda-feira, não havia neve nas ruas de Oslo.

Fonte: AmbienteJá/Estadão Online/AmbienteBrasil


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