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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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23/12/2008

Primeira medida do Plano Nacional sobre Mudança do Clima é anunciada no Rio


Drenagem dos canais é uma adaptação à elevação do nível do mar, um dos efeitos das mudanças climáticas globais.

O ministro do Meio Ambiente,Carlos Minc, participou nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, do anúncio do início das obras de recuperação da área degradada dos canais do Fundão e do Cunha, acesso ao aeroporto Tom Jobim. Segundo Minc, esta é a primeira medida do Plano Nacional sobre Mudança do Clima lançado pelo governo federal no início de dezembro.

A drenagem dos canais é uma adaptação à elevação do nível do mar, um dos efeitos das mudanças climáticas globais. Essa área é afetada pelas enchentes porque o aterro antigo da Ilha do Fundão impede a circulação de água. A obra permitirá solucionar o problema, reduzindo significativamente as enchentes provocadas pela elevação do rio Faria Timbó, explicou o ministro.

A obra, sob a responsabilidade da Secretaria Estadual do Ambiente, terá recursos de R$ 185 milhões da Petrobras. A previsão do subsecretário Antônio da Hora, que representou a secretária Marilene Ramos, é que o trabalho estará concluído em dois anos e abrangerá o desassoreamento dos canais, facilitando a circulação de água. Serão dragados 2 milhões e 200 mil metros cúbicos de material uma área de 6,5 km de extensão. O lodo a ser retirado possui aproximadamente quatro metros de altura, a partir do nível da água. O projeto também compreenderá urbanismo e saneamento do Fundão e o reforço nas pontes.

Antes da obra, a UFRJ efetuou um estudo detalhado do solo e análise dos sedimentos em 107 pontos da região e constatou a presença de metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio, antimônio e outros metais. A camada contaminada com metais pesados passará por um processo de separação de areia para tratamento. Após esse procedimento, os sedimentos restantes serão dispostos em cápsulas de geotêxtil para drenagem de líquido. A água, completamente limpa, retornará para a Baía de Guanabara.

Os resíduos serão dispostos no solo em uma área de aproximadamente 9 km de extensão. Mas, antes, o solo passará por um processo de impermeabilização. A área será urbanizada e não oferecerá perigo ao meio ambiente ou à saúde da população. O material que não estiver contaminado com metais pesados será disposto em alto mar, em local licenciado. Já o restante do lixo como pneus, carcaças de automóveis serão encaminhados para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Será utilizado produto para modificar a composição do gás sulfídrico, responsável pelo forte mau cheiro da região. Ao final da obra, será construído um pier na região destinado aos pescadores, horto e sede para cooperativas de catadores.

Fonte: FUNBIO/ MMA


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