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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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25/11/2010

Emissões por geração elétrica crescem no AM


Manaus - O Fórum de Mudanças Climáticas do Amazonas entregou esta semana a primeira conta de emissões do sistema de eletricidade do estado. Em 2008, foram enviados diretamente para a atmosfera o equivalente a 3,97 milhões de toneladas de CO2. Em uma conta aproximada, é necessário manter preservada uma área equivalente a 25 mil campos de futebol de floresta para compensar estas emissões.

Este é o primeiro passo para um inventário de todas as emissões do estado, que deve ficar pronto em 2011. A emissões por desmatamento e queimadas na agricultura ainda são a maior fonte de gases de efeito estufa no Amazonas.

A conta das emissões pela geração de energia elétrica aumentou 38,5% nos últimos seis anos, acompanhando o crescimento no consumo de energia, puxado pelo aumento do poder aquisitivo (e uso de eletrodomésticos, principalmente o ar-condicionado) e crescimento da indústria de Manaus. Em 2002, segundo os cálculos, foram emitidas o equivalente 2,83 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Apesar da previsão de o consumo de eletricidade continuar a crescer, a expectativa é de redução das emissões até 2012. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) calcula que o uso de gás natural nos geradores de Manaus e municípios do interior e a interligação ao sistema nacional, por meio do Linhão de Tucuruí, devem reduzir em 35% as emissões do sistema elétrico no Amazonas.

O Amazonas possui um sistema de geração de energia isolado do restante do país, que produz eletricidade principalmente a partir da queima de Diesel e óleo combustível. A energia hidrelética e a queima de biomassa correspondem a apena 13,4% do total da energia produzida.

Esta conta ainda não inclui, por questões metodológicas, as emissões da hidrelétrica de Balbina, que pode ser ainda mais poluidora do que uma termoelétrica a Diesel. Segundo o biólogo Alexandre Kemenes, que estuda as emissões de hidrelétricas da Amazônia, Balbina emitiu em 2005 o equivalente a 73 mil toneladas de carbono, para gerar em média 120 MW.

A capital, Manaus, foi responsável por 84% destas emissões, ou seja, o equivalente 3,33 milhões de dióxido de Carbono. A capital concentra a maior parte da população do estado e praticamente toda a indústria. Foram analisadas nove unidades geradoras de Manaus e 105 em localidades do interior do Estado.

Mas a expansão do fornecimento de energia para comunidade rurais tem tido como efeito colateral a emissão de gases de efeito estufa em outros municípios. “Percebemos também que com a implantação do program
a Luz para Todos do governo federal houve um aumento do consumo (de energia) no interior”, afirma o coordenador da Câmara Temática, Rubens Souza, professor da Universidade Federal do Amazonas, destaca.

O furto de energia também tem um impacto significativo nestas emissões, de acordo com Souza. Os gatos (ligações clandestinas) são responsáveis por desviar quase um terço (30%) de toda energia elétrica produzida no Amazonas.


Emissões de gases de efeito estufa pela geração de eletricidade no Amazonas

Produção eletricidade 6.813,58 GWh
Total (2008) 3.977.250 tCO2e
Capital 84 % (3.335.080 tCO2e)
Industria 43%
Residencial 43%
Interior 16 % (642.179tCO2e)


Fonte: O Eco/ Vandré Fonseca


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