Realização:

Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

notícias
 IMPRIMIR
 GERAR PDF
 ENVIAR PARA AMIGO
Seu nome:    Seu e-mail:    E-mail do amigo:   

20/01/2011

UE suspende mercado de carbono por falta de segurança


O EU ETS está paralisado até pelo menos a próxima quarta-feira (26) em virtude de falhas que possibilitaram o roubo de licenças equivalentes a 475.000 toneladas de CO2 da República Tcheca, com um valor estimado de € 7 milhões

O Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS) foi suspenso por uma semana nesta quarta-feira (19) depois que vieram à tona novos casos que demonstram a fragilidade do maior mercado de carbono do planeta.

A decisão de paralisar o EU ETS veio assim que a corretora Blackstone Global Ventures, baseada na República Tcheca, alertou para o desaparecimento de licenças equivalentes a 475.000 toneladas de CO2 da sua conta no esquema - avaliadas em cerca de € 7 milhões.

“Estamos considerando que elas foram roubadas”, disse o porta-voz da empresa, Daniel Butler para a agência Reuters.

Uma nota da Comissão Européia informou que as transações estão suspensas, exceto para a alocação e entrega de permissões, em todo o EU ETS até pelo menos às 18h do dia 26 de janeiro.

Nos últimos dois meses o esquema europeu vêm registrando diversos casos de falhas de segurança no seu sistema de informática. Áustria, Grécia, Polônia, Estônia e agora a República Tcheca já foram alvos de investidas de hackers.

“Pode ser uma ação coordenada de fraudadores para conseguir permissões com o objetivo de vendê-las rapidamente antes que os roubos sejam descobertos”, afirmou Maria Kokkonen, porta-voz da comissária para ações climáticas da União Européia, Connie Hedegaard.

O EU ETS foi criado em 2009 para diminuir as emissões de gases do efeito estufa das indústrias européias ao estabelecer limites para cada setor. Quem ultrapassa esse limite precisa comprar permissões de quem poluiu menos ou de projetos do chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em países que assinaram o Protocolo de Quioto. Esse comércio é o coração dos mercados de carbono. Analistas temem que as falhas de segurança possam afetar a expansão dessa ferramenta no combate ao aquecimento global.

“Apesar desses incidentes não representarem grandes prejuízos em termos financeiros no EU ETS, eles podem com o tempo minar a credibilidade do comércio de carbono como uma política para reduzir emissões”, afirmou Kjersti Ulset, gerente da Point Carbon para o mercado de carbono europeu.

A União Européia já havia reforçado métodos e processos de negociação no começo de 2010 para acabar com fraudes envolvendo impostos. Porém, diante dos ataques por hackers é praticamente certo que o grupo tenha que investir mais em tecnologia.

“Com o gasto de algumas dezenas de milhares de euros para melhorar o sistema de informática, os Estados membros podem prevenir perdas milionárias”, explicou Maria.

A porta-voz disse ainda que não está claro que tipo de métodos foram utilizados nos ataques mais recentes, mas que as autoridades já estão investigando.

A Comissão Européia irá fazer um novo pronunciamento no começo da próxima semana para anunciar que medidas serão tomadas para que o EU ETS volte a operar.


Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais/ Fabiano Ávila


copyright@2008 - Planeta Verde
Este site tem a finalidade de difundir informações sobre direito e mudanças climáticas. Nesse sentido, as opiniões manifestadas não necessariamente refletem a posição do Instituto O Direito por Um Planeta Verde.