O Ipea divulgou dois estudos que fazem parte da série dedicada ao meio ambiente, intitulada Sustentabilidade Ambiental no Brasil: biodiversiadade, economia e bem-estar humano. O primeiro é o Comunicado nº 77, sobre Energia e Meio Ambiente, revela que a sustentabilidade ambiental se mostra mais como uma oportunidade do que como uma restrição ao desenvolvimento, segundo o técnico Albino Rodrigues.

De acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Gesmar Rosa as diferentes fontes da oferta interna de energia, como petróleo, hidrelétricas e produtos da cana, entre outros. O petróleo e seus derivados respondem por cerca de 50% da oferta interna de energia no Brasil. “A melhor forma de se conciliar geração de energia e sustentabilidade ambiental é a gestão e a eficiência energética”, afirma Gesmar.

Os investimentos necessários em energia no Brasil para o período de 2010 a 2019 segundo o Ipea devem ser no patamar de cerca de 214 bilhões de reais em energia elétrica, 672 bilhões de reais em petróleo e gás e cerca de 66 bilhões de reais em energia proveniente de biocombustíveis líquidos.

Energia eólica e solar

O técnico Antenor Lopes Filho destacou a energia eólica no Brasil como um tipo de geração que tem crescido muito no País. “Há dez anos, a energia eólica era uma coisa fora da realidade do País, era considerada muito cara e pouco eficiente. Porém, nos últimos anos, estamos vendo o surgimento de parques eólicos no Ceará e há projetos no Rio Grande do Sul e Bahia”, disse.

Em relação à energia solar, o técnico diz que seu uso é praticamente desprezível no Brasil. Porém Antenor destaca que é muito alto o custo ainda dessa tecnologia. “É curioso, mas no caso da energia solar, os custos sempre foram colocados como entraves à utilização dessa tecnologia, pois se pensava sempre no aspecto econômico”, afirma Antenor. Mas, o técnico do Ipea destaca que a exemplo da energia eólica, a tendência é que essa tecnologia seja mais utilizada no Brasil.

Ameaças à biodiversidade do País

O segundo Comunicado é o nº 78 que aborda a necessidade de conhecimento genético e de políticas públicas para o meio ambiente.

Do total mundial de espécies, 13% são brasileiras. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 500 espécies dos biomas brasileiros estão ameaçadas de extinção. O número total apresentado chega a 1.100 espécies em extinção, de acordo com dados de 2003/2008.

O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade definiram três projetos para a conservação, recuperação e gestão das espécies ameaçadas da fauna e flora: as listas nacionais, os livros vermelhos e os planos de ação.

Fonte: Observatório Eco, com informações do Ipea.