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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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05/01/2009

Pesquisa avalia pegada de carbono de conflitos nucleares


As emissões de CO2 vindas de um pequeno conflito nuclear também precisam ser colocadas na balança antes de optar por uma fonte energética, alerta um estudo publicado no periódico Energy & Environmental Science.

Quase 700 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) seriam liberados na atmosfera com apenas um pequeno conflito nuclear, de acordo com um estudo norte-americano que compara os custos ambientais no desenvolvimento de diversas fontes de energia.

Segundo o pesquisador Mark Z. Jacobson, professor de engenharia civil e ambiental da Universidade de Stanford, o lado “positivo” de tal conflito seria a geração de 313 milhões de toneladas de poeira, o que faria com que uma grande quantidade de raios solares deixasse de chegar a superfície terrestre, criando um efeito de resfriamento regional significativo em um curto e médio prazo.

O efeito seria similar ao de uma erupção vulcânica. No final das contas, no entanto, o CO2 venceria e, o resultado seria um aumento ainda maior das temperaturas globais.

O objetivo do estudo é comparar os custos humanos e ambientais de várias fontes energéticas, de solar e eólica a nuclear e biocombustíveis. “Uma vez que a produção de materiais para armas nucleares ocorre apenas em países que possuem programas de energia nuclear civil desenvolvidos, o risco de uma troca nuclear limitada entre países ou a detonação de equipamentos nucleares por terroristas aumentou devido a disseminação de usinas de energia nuclear por todo o mundo”, disse Jacobson, segundo uma reportagem do Blog Ambiental do jornal britânico Guardian.

O pesquisador afirma que este é o principal motivo que justifique o cálculo de números de mortos e emissões de carbono causados pela queima de infra-estrutura associada a proliferação de equipamentos de energia e armas nucleares.

Segundo Jacobson, apesar de a maior preocupação ser com o número de mortos no caso de um conflito, e não com as emissões de carbono, os políticos precisam colocar na balança todos os riscos futuros em potencial quando comparam diferentes fontes energéticas.

“Se uma troca nuclear como a descrita acima ocorrer nos próximos 30 anos, o total de emissões de carbono resultantes da proliferação de armas nucleares causada pela expansão de energia nuclear mundial seria de 1,1 a 4,1 gramas de CO2 por quilowatt hora, sendo que a geração energética considerada é o total de 2005 multiplicado pelo número de anos a ser considerado”, explica o cientista.

Por: Paula Scheidt
Fonte: AmbienteJá/ Carbono Brasil


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