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Derecho y Cambio Climático en los Países Amazônicos

El Proyecto Derecho y Cambio Climático en los Países Amazónicos, coordinado por el Instituto O Direito por um Planeta Verde, tiene como finalidad fomentar el desarrollo de instrumentos normativos relacionados al cambio climático en los siguientes países: Bolivia, Brasil, Colombia, Ecuador, Perú y Venezuela, integrantes del Tratado de Cooperación Amazónica. LEIA MAIS

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09/04/2013

Lorde Stern: mudanças climáticas serão piores do que o esperado


Em 2006, o economista britânico Nicholas Stern, ex-diretor de economia do Banco Mundial, lançou um relatório sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas no mundo. O documento, que ficou conhecido como Relatório Stern, afirmava que o aquecimento global teria consequências no acesso à água, alimentação, saúde e meio ambiente, além de o risco das mudanças climáticas equivaler a uma perda de 5% a 20% do PIB mundial por ano.

Cerca de seis anos depois, o economista alegou que seu documento apresenta erros de estimativas. Mas os erros, infelizmente, não são positivos; segundo Stern, o relatório subestima os riscos das mudanças climáticas.

“Do ponto de vista da ciência, o Relatório Stern subestimou os riscos. Na verdade, ele mal calculou os riscos. A história não foi forte o suficiente em termos de descrever os riscos que enfrentamos”, colocou o ex-diretor de economia do Banco Mundial.

De acordo com ele, as atuais taxas de emissões não aquecerão o mundo em apenas 2ºC, e mesmo com os compromissos climáticos assumidos nos últimos anos, as temperaturas devem se elevar entre 4ºC e 5ºC até o final do século. Um aquecimento como esse poderia levar, por exemplo, a uma perda de 20% na produção agrícola da Índia.

Stern comentou que alguns fatores, como a perda de neve no Himalaia, não têm sido levados suficientemente em conta na hora de se calcularem os riscos climáticos, mas que são esses os fatores que realmente afetam a vida humana.

Da mesma forma, o economista declarou que os aspectos econômicos das mudanças climáticas também são subestimados. “Você não pode acreditar em duas coisas – que o preço dos hidrocarbonetos está correto e que o mundo tem uma chance de 50% de manter dois graus [Celsius de aquecimento]”, comentou ele.

Falando em um evento na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, ele pediu para que os líderes mundiais desenvolvam novos modelos econômicos que possam explicar mais precisamente os possíveis impactos das mudanças climáticas. Para isso, Stern sugeriu que sejam combinados inovação, investimento e dinamismo, necessários tanto para o desenvolvimento de energias de baixo carbono quanto de transição, como o gás natural.

O economista também enfatizou o papel das políticas climáticas para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, e embora tenha responsabilizado a crise financeira por parte da inação climática que permeia o cenário mundial, pediu para que o manejo climático não seja desassociado do crescimento econômico, o que ocorre frequentemente.

“Devemos ter muito cuidado para pensar em desenvolvimento, mitigação e adaptação juntos. Algumas vezes eles ficam separados. Isso é um erro de lógica e de política de grande magnitude”, observou Stern.

Após a apresentação de Stern, Christine Lagarde, diretora de gestão do FMI, comentou que organizações como a Banco Mundial e o próprio FMI podem trabalhar juntas para ajudar os países, principalmente os mais pobres, a lidarem com as mudanças climáticas.

“Se temos uma missão que visa acelerar a velocidade com que acabamos com a pobreza, criando sociedades mais inclusivas através da prosperidade compartilhada, então as mudanças climáticas são o tapete que será puxado debaixo de todos os nossos clientes. E será tirado de forma desigual, com os mais pobres e vulneráveis sofrendo mais”, enfatizou Lagarde.

“Se as questões de mudanças climáticas não forem resolvidas adequadamente – se continuarmos mantendo esses subsídios de energia, se o preço do carbono não for adequadamente estabelecido, se os legisladores não colocarem isso em seus visores – então a estabilidade financeira em médio e longo prazo está claramente em jogo”, declarou.

Imagem: Nicholas Stern durante o Fórum Mundial Econômico em Davos

Fonte: Jéssica Lipinski / Instituto CarbonoBrasil


Foto: Wikimedia Commons

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