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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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14/06/2013

Climate Action Tracker aponta para aquecimento global de 4ºC até 2100


Enquanto mais de 190 países, liderados pelas Nações Unidas, embarcam há anos em discussões sem fim sobre como frear o aquecimento global, novos dados mostram que é cada vez mais improvável que a elevação das temperaturas fique em apenas 2ºC, revelou o Climate Action Tracker (CAT).

Nesta quarta-feira (12), o CAT, que é uma avaliação climática realizada pelo Ecofys, Climate Analytics e Instituto Potsdam para Pesquisas de Impacto Climático, afirmou que as recentes tendências e estimativas de emissões apontam para um aquecimento de 4ºC até 2100, um nível significativamente maior do que o aquecimento que resultaria da implementação completa das promessas atuais, 3,3ºC, e ainda maior em relação aos 2ºC visados pela ONU.

Segundo o relatório, o contínuo desenvolvimento intenso em combustíveis fósseis nas últimas décadas sugere que altos níveis de aquecimento, de 4ºC graus ou mais, são mais possíveis do que a implementação completa das promessas atuais.

Isso porque, de acordo com o CAT, além de as políticas existentes e planejadas não serem suficientes para os países atingirem suas metas, eles sequer as cumprem, mantendo-se no mesmo lugar ou até mesmo retrocedendo em alguns casos.

“A lacuna entre a soma de todas as atuais promessas dos países e o que é preciso para um caminho para manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC é de cerca de oito bilhões de toneladas de CO2 equivalente se os países adotarem suas promessas mais altas e firmarem regras rígidas – e de 13 bilhões de toneladas de CO2 equivalente se eles adotarem suas promessas mais fracas e regras mais brandas”, colocou o texto.

“Não há novas metas e os governos parecem estar minando, enfraquecendo ou mesmo fraudando suas atuais regras. Estamos numa espécie de dança climática, com os governos aparentando se movimentar, ainda que ficando no mesmo lugar, e alguns deles parecem ter esquecido completamente que estão numa pista de dança”, sustentou Marion Vieweg, do Climate Analytics.

O documento citou que alguns bons exemplos de medidas para combater as mudanças climáticas, como o recente acordo entre China e Estados Unidos para combater os gases do efeito estufa hidrofluorocarbonetos (HFCs), e iniciativas de mitigação nos países mais vulneráveis como Ilhas Marshall e nações caribenhas, principalmente no que se refere ao desenvolvimento de energias renováveis.

Entretanto, o CAT lembrou que também há experiências decepcionantes, como os debates sobre a limitação das emissões de gases do efeito estufa no setor aéreo.

“Se os governos não tomarem nenhuma providência a mais, enfrentaremos uma chance de 40% de o aquecimento exceder 4ºC até 2100 e uma chance de 10% de exceder 5ºC no mesmo período. Com essas tendências de emissões, um aquecimento de 3-4ºC até 2100 não parará por aí. O aquecimento provavelmente continuará até o século 22”, observou Bill Hare, do Climate Analytics.

Fonte: Jéssica Lipinski / Instituto CarbonoBrasil / Mercado Ético


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