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Derecho y Cambio Climático en los Países Amazônicos

El Proyecto Derecho y Cambio Climático en los Países Amazónicos, coordinado por el Instituto O Direito por um Planeta Verde, tiene como finalidad fomentar el desarrollo de instrumentos normativos relacionados al cambio climático en los siguientes países: Bolivia, Brasil, Colombia, Ecuador, Perú y Venezuela, integrantes del Tratado de Cooperación Amazónica. LEIA MAIS

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03/07/2013

Deserto guarda pistas sobre adaptação das espécies às mudanças climáticas


Pesquisa em um dos mais antigos e secos desertos do planeta revelou evidências do desenvolvimento evolucionário de espécies que evitaram a extinção

A reposta da biodiversidade ao aquecimento global pode ser difícil de ser prevista, mas uma nova pesquisa mostra que em um passado distante espécies teriam se adaptado, e colonizado, novas e crescentes zonas desérticas durante um período de mudanças dramáticas.

No entanto, os cientistas se mostram preocupados com o fato de essa adaptação ter levado cerca de seis milhões de anos. Pelo menos foi isso que apontaram pesquisadores da Universidade do Chile, que estudaram evidências geológicas na região do deserto do Atacama.

Qualquer resposta da vida selvagem às mudanças climáticas – principalmente no pior cenário projetado para o século XXI – dependerá de uma grande variedade de fatores.

Barreiras ao Movimento

Alguns desses fatores influem no quão rapidamente plantas e pequenos animais podem se deslocar para zonas mais frias. Quais são as barreiras – como cadeias de montanhas, lagos, cidades, estradas e fazendas – que podem atrasar o deslocamento? Será que o ecossistema necessário para a sobrevivência de determinada espécie também “migrará” na mesma velocidade?

Pesquisadores já alertaram repetidas vezes para os riscos de uma extinção em massa diante das mudanças climáticas, mas tem sido difícil calcular as taxas de espécies que conseguirão se adaptar ou evoluir, e se as populações poderão se recuperar em novos habitats.

Entretanto, existem lições que podem ser aprendidas do recente passado geológico – antes de o Homo sapiens começar a colocar ainda mais dificuldades para o resto da criação.

Cientistas climáticos podem datar alterações nas temperaturas globais com precisão, paleontologistas podem identificar e datar fósseis de espécies de determinadas zonas climáticas com certa confiança, e geneticistas podem mensurar a taxa pela qual o DNA evoluiu para se adaptar aos novos ambientes. Essa última técnica já é capaz de traçar em boa medida passos evolucionários.

Pablo Guerrero e sua equipe do Departamento de Ciências Ecológicas da Universidade do Chile afirmaram no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences que foram utilizadas evidências geológicas para datar a história das chuvas na região do Atacama-Sechura, entre o Chile e o Peru, e leituras de DNA para mensurar as taxas nas quais três diferentes tipos de plantas e um gênero de lagarto evoluíram para colonizar o novo habitat.

Grande espaço de tempo

Eles descobriram que essas espécies só fizeram do deserto seu lar há dez milhões de anos – cerca de 20 milhões de anos depois de a região ficar tão árida. Também há um grande espaço de tempo – de quatro a 14 milhões de anos – entre o período no qual essas criaturas entraram na região e quando elas finalmente colonizaram o ambiente. As partes ultra-áridas se desenvolveram há oito milhões de anos, mas a maioria das plantas apenas começou a ocupar essas partes há dois milhões de anos.

“Espaços de tempo similares na evolução podem ocorrer em outros organismos e habitats, mas esses resultados são importantes por sugerirem que linhagens podem requerer uma grande quantidade de tempo para se adaptar à moderna desertificação e mudança climática”, afirma o estudo.

Fonte: Tim Radford / Climate News Network
Traduzido por Fabiano Ávila
Leia o original no Climate News Network (inglês)

Imagem: Prova viva - um tapete de flores silvestres sobrevive ao ambiente hostil do deserto do Atacama no Chile / Universidade Católica do Chile


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