Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
08/03/2014
Pentágono destaca ameaça das mudanças climáticas
Em sua análise quadrienal de defesa (Quadrennial Defense Review), divulgada nesta semana, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos destacou o papel das mudanças climáticas como um fator de desestabilização do planeta, podendo resultar inclusive em atividades terroristas.
“Com o aumento das emissões de gases do efeito estufa, os oceanos estão avançando, as temperaturas médias globais estão subindo e padrões meteorológicos extremos se acelerando (...) As mudanças climáticas podem exacerbar a escassez de água e levar ao aumento dramático dos custos dos alimentos”, afirma o documento.
“Assim, as pressões causadas pelas mudanças climáticas influenciarão a competição por recursos, além de colocar um peso adicional em economias, sociedades e instituições governamentais em todo o mundo.”
“Essas pressões agravarão outros fatores de estresse, como a pobreza, a degradação ambiental, a instabilidade política e tensões sociais – condições que podem estimular atividades terroristas e outras formas de violência”, completa.
O relatório do Pentágono reforça uma visão que já foi manifestada publicamente pela administração do presidente Barack Obama: a de que as mudanças climáticas são uma séria ameaça aos EUA e ao planeta.
Em fevereiro, John Kerry, Secretário de Estado dos EUA, classificou o fenômeno como uma arma de destruição em massa.
“Quando penso em ameaças globais, como terrorismo, epidemias, pobreza e proliferação de armas de destruição em massa, também incluo a mudança climática nessa lista de perigos que não conhecem fronteiras. A mudança climática pode ser considerada uma arma de destruição em massa, talvez até a maior de todas”, afirmou.
Já há algum tempo tem-se apontado que o aumento de conflitos pode ter entre suas causas o aquecimento global.
Em 2013, a Nigéria afirmou que o avanço da desertificação, a elevação do nível do mar no delta do rio Níger e a diminuição acelerada do lago Chade têm provocado crises econômicas e alimentares que forçam os homens mais jovens a buscarem novas formas de se sustentar.
“Muitos estão deixando suas ocupações como pescadores e fazendeiros e se juntando a grupos criminosos, incluindo o Boko Haram”, explicou o coronel Sambo Dasuki, conselheiro de Segurança Nacional da Nigéria.
O Boko Haram é uma organização fundamentalista islâmica que deseja instalar nos estados do norte da Nigéria uma nova nação teocrática. Para isso, seus membros costumam se valer de atos terroristas contra a população civil e órgãos públicos. Em 2012, o grupo teria sido responsável por mais de 700 assassinatos.
Fonte: Fabiano Ávila / Instituto CarbonoBrasil