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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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08/01/2009

Mudanças climáticas serão acompanhadas com radares de laser


O projeto KyaTera tem auxiliado uma ciência cada vez mais solicitada nos dias de hoje, a climatologia.

Radares de laser

Kyatera é o nome de uma plataforma óptica de ensino e pesquisa que liga universidades, laboratórios e empresas com velocidade de transferência de dados centenas de vezes maior do que a da internet convencional.

Agora ela será utilizada também para a conexão e a troca de informações entre radares de laser que analisam a atmosfera, bem como para a sua operação remota.

Um equipamento com esse objetivo está para entrar em operação no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Inpe, em Cachoeira Paulista (SP). Por meio da rede KyaTera, ele trocará informações com o sistema Lidar (sigla para Light Detection and Ranging ou Detecção e Direcionamento de Luz).

Detector de mudanças climáticas

O Lidar, um laser capaz de medir em tempo real a poluição atmosférica, foi desenvolvido pela equipe do físico Eduardo Landulfo no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e está em operação desde 2001 no campus da instituição, na capital paulista. (veja também "Radar de luz" vai mapear atmosfera em 3D).

Os pesquisadores estão atualmente trabalhando em sistemas de automatização do equipamento. "Um detector de mudanças climáticas deverá fechar o teto retrátil que protege o radar antes da chegada de uma chuva", disse Landulfo.

Monitores ambientais

Porém, a maior contribuição que a KyaTera dará ao projeto não está na automação. A rede deverá servir de plataforma de comunicação para uma rede de monitores ambientais. "Um só ponto de medida não adianta. Planejamos ter outros quatro radares em outras instituições para trabalhar em conjunto com o do Ipen", disse Landulfo durante o Workshop KyaTera 2008, realizado no último dia 29 na Universidade Estadual de Campinas.

Entre os focos de pesquisa que poderiam entrar na pauta de estudos da rede de radares laser estão as queimadas da cana-de-açúcar, comuns no interior de São Paulo, e o auxílio do monitoramento da bacia do rio Corumbataí, também no interior do estado.

Mapa atmosférico

A rede deverá ajudar a delinear um mapa atmosférico mais detalhado e preciso de algumas regiões paulistas e possibilitar a atualização em tempo real das informações coletadas por cada um, o que pode ser feito em intervalos de dois minutos.

Funcionamento do radar a laser

O princípio de funcionamento do equipamento é similar ao dos radares tradicionais. O Lidar emite um facho de laser na atmosfera e depois recebe o seu reflexo por meio de uma técnica chamada de retroespelhamento.

Com a análise da luz refletida é possível identificar partículas suspensas, aerossóis e alguns gases em suspensão, especialmente útil na análise da determinação da poluição atmosférica de uma região. O alcance do Lidar é de 10 quilômetros de altitude e cada leitura corresponde a um intervalo de 15 metros. "A cada ano temos aprimorado o radar e ampliado as suas aplicações", disse Landulfo.

Fonte: Portal do Meio Ambiente/ Inovação Tecnológica / Rede KyaTera.


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