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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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27/01/2009

Efeitos do aquecimento global durarão mais de 1.000 anos


Muitos dos efeitos danosos da mudança climática já são basicamente irreversíveis, diz uma equipe internacional de cientistas,advertindo que mesmo se as emissões de carbono puderem, de algum modo, ser interrompidas, as temperaturas mundiais continuarão altas pelo menos até o ano 3.000. "As pessoas tinham imaginado que, se parássemos de emitir dióxido de carbono, o clima voltaria ao normal em 100 anos, 200 anos.

Isso não é verdade", disse a pesquisadora Susan Solomon em uma teleconferência. Susan, do Laboratório de sistemas da Terra da Administração Nacional de Oceano e Atmosfera (NOAA) do governo americano, é a principal autora do artigo científico que descreve o dano irreversível da mudança climática, publicado na edição desta terça-feira, 27, da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Ela define "irreversível" como uma mudança que se manterá por mil anos, mesmo se os seres humanos deixarem de mandar carbono para a atmosfera imediatamente. As descobertas foram anunciadas no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordena uma revisão de normas que poderá levar carros mais eficientes e a um ar mais limpo.

Segundo Susan, "a mudança climática é lenta, mas impossível de deter", o que é mais um motivo para agir rápido, a fim de impedir que os efeitos se tornem ainda mais drásticos. Alan Robock, do Centro de Previsão Climática da Universidade Rutgers, concordou com avaliação do artigo. "Não é como poluição, onde quando se desliga uma chaminé, o ar se limpa em poucos dias", disse ele. Rock não tomou parte na pesquisa da equipe de Susan. "Isso significa que teremos de nos esforçar ainda mais para reduzir as emissões".

O relatório publicano na PNAS "é importante, não é alarmista e muito importante nos debate atuais da política climática", acrescentou Jonathan Overpeck, da Universidade do Arizona. Em seu artigo, Susan, uma liderança do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC), destaca que as temperaturas mundiais elevaram-se e que mudanças foram observadas nos padrões de chuva de áreas no entorno do Mediterrâneo, no sul da África e no sudoeste da América do Norte.

O tempo quente também está causando a expansão dos oceanos, o que, espera-se, vai aumentar com o derretimento do gelo da Groenlândia e da Antártida, dizem os pesquisadores. "Não acho que a escala de tempo da persistência desses efeitos já foi compreendida", disse ela, O aquecimento global é contido pelos oceanos, explicou a cientista, porque a água absorve muita energia ao aquecer-se. Mas o efeito benéfico não vai durar para sempre, e uma vez aquecido o oceano vai manter o planeta aquecido por muito tempo, ao liberar seu calor acumulado para o ar.

Fonte: AmbienteJá/Associated Press/Estadão


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