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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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03/02/2009

Ondas de calor e nevascas causam caos e prejuízos


Enquanto a Austrália registra as mais altas temperaturas do século, o Reino Unido enfrenta duras nevascas não vistas há 18 anos

Ainda não há provas de que as temperaturas extremas que têm sido registradas na Austrália sejam provocadas pelo aquecimento global, mas o país já vive um drama que pode se tornar a realidade diária em um futuro próximo. “O calor é incomum, porém é bem provável que esta seja uma experiência normal em dez ou 20 anos”, disse na última semana o professor David Karoly, da Universidade de Melbourne.

Na última quinta-feira (29), os termômetros chegaram aos 46º C em quatro cidades do sul do país e seguem altas durante o início desta semana. Ao todo foram 37 mortes registradas até agora por causa do calor, a maioria delas idosas. Cerca de meio milhão de casas e comércios ficaram sem energia devido a uma explosão na subestação de Melbourne. Linhas de trem entraram em colapso e a combustão espontânea de plantas já provocou a queimada de mais de dez mil acres, destruindo pelo menos 29 casas. No estado de Victoria, as perdas econômicas são estimadas em AUD$ 62 milhões (R$ 92 milhões).

Para a ministra de mudanças climáticas da Austrália, Penny Wong, as ondas de calor são o tipo de clima sobre o qual cientistas vêm fazendo alertas. “Onze dos anos mais quentes da história ocorreram nos últimos doze anos, e também percebemos que, particularmente no sul da Austrália, estamos tendo menos chuvas.”

Em um relatório divulgado em 2007, os mais de 2,5 mil cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) previa o aumento de freqüência e intensidade de eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e tempestades, devido ao aumento global das temperaturas.

A Austrália, que possui a maior emissão de dióxido de carbono per capita do mundo, é um dos países mais vulneráveis as mudanças climáticas devido ao clima quente e seco. A maior parte do sul do país já vem sendo castigada por uma seca sem precedentes nos últimos 12 anos. Nos Alpes, os últimos três anos foram os mais secos da história e as colheitas caíram vertiginosamente.

E o quadro deve piorar com o aumento do aquecimento global. Mesmo subidas modestas nas temperaturas, algo visto como inevitável por alguns cientistas, devem levar a uma perda de água de 70% no estado de New South Wales, cortando o suprimento de água de Melbourne em mais de um terço, e secando o sistema hídrico Murray-Darling em outros 25%.

O metereologista senior do Centro Nacional do Clima da Austrália, Blair Trewin, disse ao jornal The Australian que conclusões sobre as mudanças climáticas não podem ser tiradas com base em apenas um evento extremo, mas que a expectativa é que realmente se tornem mais freqüentes com a subida nos termômetros, assim como podem diminuir se houver uma queda nas temperaturas. “Nós estamos vendo altas temperaturas serem quebradas mais constantemente que recordes de baixas temperaturas, em uma proporção de duas ou três para apenas uma.”

Nevascas na Europa

Se no hemisfério sul oriental o problema é o excesso de calor, no norte ocidental a preocupação é com a falta dele. A pior nevasca dos últimos 18 anos provocou caos nas rodovias, ferrovias e aeroportos do Reino Unido nesta segunda-feira (02) e o fechamento de 2,8 mil escolas, além de praticamente paralisar a capital, Londres.

No aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo, o uso de apenas uma das pistas de pouso era limitado, o que levou a British Airways a cancelar todos os vôos partindo do local. Todos os serviços de ônibus urbanos foram suspensos em Londres, assim como dezenas de trens e linhas de metrô.

Enquanto as crianças festejavam a troca das salas de aula por jogos na neve, o comércio começava a contabilizar os prejuízos, já que cerca de 20% da mão de obra do país não havia conseguido chegar até o local de trabalho. Segundo o Financial Times, as perdas econômica no país podem chegar a £1bilhão ( R$ 3,3 bilhões) somente com as nevascas de ontem.

E a previsão é que o tempo continue assim durante toda a semana, não apenas no Reino Unido, mas por toda a Europa. Em Paris, na França, assim como em Londres, o acumulo de neve nas ruas chegou a 30 centímetros, o que também prejudicou o transporte urbano e nos aeroportos.

Na Itália, mais de 800 quilômetros de estradas foram afetadas, assim como vôos foram cancelados e a neve também deixou o dia branco no norte da Espanha e nos países da Europa Oriental.

Por: Paula Scheidt
Fonte: CarbonoBrasil*
*Com informações de jornais internacionais


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