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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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04/02/2009

O futuro já chegou: Oceano invade e arrasa terras brasileiras


Desde 2003, quase três trilhões de toneladas de gelo terrestre da Groenlândia, Alasca e Antárdida derreteram-se elevando o nível de mares e oceanos

No Brasil, os moradores da Ilha do Marajó já convivem com o drama da reação da natureza. Na comunidade da Praia do Pesqueiro, em Soure, em menos de 30 anos todas as casas foram reconstruídas, mais em direção a floresta, por três vezes, confirma a família Farias, nativa da maior ilha fluviomarítima do mundo. A tendência é de piora.

Estudos realizados pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, relacionado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, revela que a temperatura vai subir ainda mais no Brasil. A ilha, localizada no Pará, perderá quase 40% de sua extensão para o mar; no Nordeste, onde estão as maiores áreas secas do país, está previsto um aumento de 4,5 ºC, o que levará à desertificação dessa região; no Centro-Oeste, com a diminuição das chuvas, o Pantanal, verdadeiro paraíso ecológico, terá suas espécies ameaçadas; no Sudeste brasileiro, parte da faixa de areia sumirá da orla marítima; e, na região sul, a elevação do mar provocará inundação das áreas com matas nativas.

Mar “devorador”

Na praia de Joanes, em Salvaterra, também na Ilha de Marajó, com a maré baixa já é possível se comprovar a destruição. O morro da encosta está sendo “devorado” pelas ondas a cada ciclo da maré cheia. As águas arrastaram parte da floresta, todo o solo e argila deixando exposta a base de rochas vulcânicas de milhões de anos, que a população coleta nas marés baixas para a construção de casas, muros e calçadas.

Enchentes em Santa Catarina serão mais intensas

Em 2008, o volume de gelo no Ártico atingiu o menor nível já registrado, é o que confirma pesquisa do U.S. Geological Survey, realizada por uma equipe de cientistas norte-americanos e pesquisadores da Alemanha, Canadá, Reino Unido e Dinamarca. Um aumento da temperatura média do planeta entre 2º C a 7º C deve causar o desaparecimento completo da camada de gelo da Groenlândia, o que aumentaria o nível do mar em vários metros.
No sul do país, as recentes enchentes em Santa Catarina, que foram as piores em um século na região, assustam até os que já previam esses fenômenos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que destacou a catástrofe catarinense como uma das mais sérias do ano no mundo, as enchentes foram "excepcionais", e alerta que as mudanças climáticas vão tornar eventos como esse cada vez mais intensos. De norte a sul, os brasileiros são vítimas da agressão humana à natureza.

Fonte: Portal do Meio Ambiente/ Jornal O Vizinho.


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