Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
05/02/2009
União Européia coloca luta climática no centro da estratégia de transportes
A navegação e as ferrovias devem ter um papel maior em uma nova estratégia européia de transportes, disse nesta quarta-feira (04/02) a Comissão Européia.
O projeto "TEN-T" da União Européia (UE) para integrar a infra-estrutura da região, concebido há 15 anos quando o bloco de 27 países ainda contava com apenas 15, deve sofrer revisões.
“Os objetivos relacionados às mudanças climáticas devem ser colocados no centro da futura política "TEN-T"”, de acordo com uma declaração preliminar da Comissão. “Transportes e infra-estrutura de transportes são áreas que oferecem potencial considerável”.
Uma revisão preliminar identificou a necessidade de remoção de gargalos e da ligação das artérias de transporte da UE com conexões multimodais em portos e aeroportos mundiais.
“Novas infra-estruturas precisam ser desenhadas para serem a prova do clima e com a resiliência necessária desde o princípio”, ressalta a declaração.
A UE estabeleceu metas ambiciosas para cortar as emissões de CO2 em um quinto abaixo dos níveis de 1990 até 2020, e apesar de alguns setores estarem alcançando um progresso rápido, o crescimento dos transportes parece ofuscar qualquer ganho em eficiência.
“As últimas pesquisas sobre veículos elétricos e híbridos são encorajadoras devido às possibilidades de mover o problema das emissões de CO2 dos veículos para as usinas de energia, onde podem ser tratadas de maneira mais eficaz”, declarou a Comissão.
“A longo prazo, as tecnologias de hidrogênio podem ser muito úteis para a aviação e para a navegação”, complementou.
Em Estrasburgo, na França, o Parlamento Europeu votou na quarta-feira a favor de um relatório não-legislativo, incitando a UE a exceder os objetivos de 2020 com um corte nas emissões entre 25% a 40% e a fazer das mudanças climáticas a mais alta prioridade financeira.
Cerca de € 400 bilhões (US$ 521 bilhões) já foram investidos na ligação da Europa, sendo que cerca de um terço com recursos da comunidade, mas o projeto está atrasado e longe de estar completo.
Uma história de sucesso é o trem de alta velocidade ligando Londres, Paris, Bruxelas e Colônia.
Mas quase 20 mil quilômetros de ligações rodoviárias, mais de 20 mil quilômetros de trilhos e outros 600 em canais hidroviários ainda precisam ser construídos ou renovados com um custo estimado de € 500 bilhões.
Rotas marítimas deveriam ser definidas para a navegação, enquanto a Europa deveria usar melhor seus canais e rios, que ligam os portos marítimos com as cidades industriais, mas frequentemente precisam da remoção de gargalos.
“A rede de rotas hídricas continentais têm grande capacidade já disponível ou podem ser ativadas com relativamente poucos recursos financeiros”, comentou a Comissão Européia.
Separadamente, um rascunho de um relatório da Presidência Tcheca da UE propôs a criação de um pool de seguros multilaterais para cobrir desastres naturais causados pelas mudanças climáticas, o que deve ser discutido no encontro de Copenhague em dezembro.
Por: Pete Harrison
Traduzido por: Fernanda B Muller, CarbonoBrasil.
Fonte: Envolverde/CarbonoBrasil/Reuters