Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
06/02/2009
Dúvidas éticas: moda neutralização do carbono funciona?
Compensar a emissão de gases nocivos com o plantio de árvores ajuda, mas o "carbon free" também pode ser mal aplicado. "Muitos usam o emblema da 'neutralização' para poluir mais, e há países que adotam o plantio em vez de buscar reduzir as emissões. É mais barato", critica Carlos Sanquetta, professor de engenharia florestal da UFPR.
Ele diz que a compensação deve complementar o esforço de redução de emissões. "O certo é deixar de poluir." Sanquetta ressalva que práticas de entidades com respaldo internacional são positivas.
Já João Wagner, gerente da divisão de questões globais da Cetesb, é mais cético. "Não dá para acreditar que a queima de combustíveis fósseis capturados há milhares de anos vai ser compensada plantando árvore. Quantas eras serão necessárias para compensar essas emissões?", questiona. Ele diz que não há garantia de que a árvore viverá o bastante para fazer o efeito necessário.
"A compensação não é uma licença para poluir mais. Ela custa dinheiro. Nenhuma empresa que aceita fazer esse processo vai querer poluir mais", defende Francisco Maciel, da ONG Iniciativa Verde. Ele explica que o processo começa com um inventário de emissões de CO2 das empresas, fase que já é benéfica, porque muitas não sabem quanto emitem e onde podem reduzir. A ONG as ajuda a plantar árvores em áreas de restauro de mata nativa.
Fonte : AmbienteJá/Cyrus Afshar/Folha Online/AmbienteBrasil