Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
13/02/2009
Dos 36 municípios que mais desmataram, 13 não reagiram
No período 2007/2008, Nova Ubiratã, em Mato Grosso, aumentou a área destruída em 618%
Levantamento divulgado ontem pelo Ministério do Meio Ambiente aponta aumento do porcentual de áreas desmatadas em 13 dos 36 municípios do País que mais derrubaram florestas. Nova Ubiratã (MT) foi o campeão entre 2007/2008: o desflorestamento cresceu 618%. No mesmo período, Brasil Novo (PA) teve a maior redução, com recomposição de 84% da área antes destruída. Os prefeitos atribuíram aos assentamentos do Instituto Nacional da Reforma e Colonização Agrária (Incra) a responsabilidade principal pela destruição.
No início de março, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anuncia nova lista. Segundo ele, municípios do Maranhão deverão entrar na relação dos maiores desmatadores. Dados do ministério mostram que os 36 municípios são responsáveis por 42% das áreas desflorestadas do País - em 2007, o índice era de 49%.
Em março, os 36 prefeitos vão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa reunião de hoje (ontem) serviu para mapearmos as queixas dos prefeitos, antes do encontro com o presidente", disse Minc. Durante quase três horas, os prefeitos reclamaram da falta de recursos para compra de caminhões de lixo e acusaram os assentamentos do Incra.
"O Incra invadiu a mata e desmatou tudo", afirmou Odacir Dal Santo (PRP), prefeito de Santa Maria das Barreiras (PA), que reduziu em 13% o desmatamento entre 2007/2008. Segundo ele, existem 23 projetos de assentamento em sua cidade, e na recém-criada secretaria de Meio Ambiente, apenas um funcionário. "O Incra tem obrigação de dar infraestrutura, dar água, saneamento e não faz nada. Deixa tudo para as prefeituras", disse Bersajone Moura (PSB), prefeito de Novo Repartimento (PA). "Vou cuidar de transporte escolar e saúde, até porque posso ser penalizado se não fizer isso", afirmou Osmar Rossetto (PT), prefeito de Nova Ubiratã.
Por: Eugênia Lopes, Brasília
Fonte: Estado.com.br