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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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27/02/2009

Investidores dos EUA pedem leis para energia e clima


Em carta ao congresso norte-americano, fundos de pensão e outros administradores de ações, que controlam US$ 3 trilhões em capital, defendem uma ação nacional agressiva para combater as mudanças climáticas


Um grupo de 35 investidores entregou nesta semana uma carta ao congresso dos Estados Unidos solicitando uma legislação que incentive o avanço das novas energias para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e que melhore a competitividade das empresas do país.

O documento recomenda a adoção das seguintes políticas: um Padrão Nacional de Eficiência Energética (Energy Efficiency Resource Standard), um Padrão de Portfólio de Renováveis (Renewable Portfolio Standard), uma política nacional obrigatória para redução de emissões de gases do efeito estufa e um padrão de combustíveis de baixas emissões de carbono.

Coordenada por uma coalizão de investidores chamada Ceres, a carta foi assinada pelos presidentes de fundos de pensão como o Sistema de Aposentadoria dos Funcionários Públicos da Califórnia (CalPERS) e Sistema de Aposentadoria dos Professores Estaduais da Califórnia (CalSTRS); grandes administradoras de ações como a BlackRock e o Deutsche Asset Management; nove Departamentos de Tesouro Estaduais; dois fundos de pensão de trabalhadores (SEIU Master Trust e Unite Here); assim como outros investidores.

A carta determina que ações fortes em relação à energia e ao clima serão essenciais para a prosperidade dos EUA e que a falta de iniciativas nesse sentido pode debilitar permanentemente a economia. “Estamos convencidos de que construir uma infra-estrutura de energia alternativa é parte fundamental da solução para a atual crise. Atrasar essas políticas irá negar às famílias e às empresas norte-americanas o acesso a energia limpa e barata, reduzir a segurança energética nacional e demandar ainda mais recursos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas no futuro” diz o documento.

“O valor de uma ação nacional agressiva para combater as mudanças climáticas e estabelecer novos modelos energéticos e de transporte não pode ser ignorado”, afirma o tesoureiro do estado da Califórnia, Bill Lockyer. “Os benefícios vão além do meio ambiente. Se formos bem sucedidos, estaremos garantindo segurança e prosperidade para a nossa economia, negócios, trabalhadores e famílias. E ainda pouparemos bilhões e bilhões de dólares dos contribuintes e consumidores”, conclui Lockyer, que também é diretor dos dois maiores fundos de pensão dos EUA, o CalPERS e o CalSTRS, com mais de US$ 300 bilhões em recursos.

Estabelecendo que eficiência energética é a maneira mais barata, fácil e rápida de reduzir significativamente as emissões de gases do efeito estufa, a carta demanda a aprovação imediata do Padrão de Eficiência de Recursos Energéticos, que pouparia aos consumidores cerca de US$ 144 bilhões em 2020.

O documento ainda afirma que é importante mandar para os mercados o sinal de que emissões terão um preço. “A legislação climática nacional em harmonia com o mercado irá facilitar maiores investimentos em tecnologias limpas e outras soluções para as mudanças climáticas”, detalha a carta.

Segundo o diretor responsável pelos investimentos globais da BlackRock, Alex Popplewell, que administra US$ 1,3 trilhões em ações, as políticas apontadas na carta vão facilitar o reconhecimento de riscos e oportunidades. “Este será o ano de foco intensivo nos acordos globais em relação ao clima. Consideramos essencial a participação ativa dos EUA nas discussões mundiais assim como o estabelecimento de leis domésticas transparentes e eficientes, que vão auxiliar novos investimentos”, conta Popplewell.

Para facilitar o desenvolvimento de novas tecnologias, a carta recomenda que o Congresso estabeleça nacionalmente um Padrão de Portfólio de Renováveis, uma política que já está implementada em 29 estados.

Acentuando a importância de estender as políticas energéticas para o setor de transportes, o documento pede aos legisladores que adotem um padrão de combustíveis com baixas emissões de carbono, apóiem a expansão do transporte público e promovam iniciativas de economia de gasolina.

“Uma legislação forte para o clima e energia irá facilitar a criação de novas oportunidades e negócios, ajudar os EUA a sair da crise e colocar o país entre os líderes em tecnologias de energia limpa”, afirma a presidente do Ceres e diretora da Rede de Investidores em Riscos Climáticos, Mindy S. Lúbber.

Por: Fabiano Ávila
Fonte: CarbonoBrasil


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