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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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12/03/2009

Economista Stern defende alarmismo para estimular ação climática


Os cientistas devem deixar claros os efeitos desastrosos da mudança climática para que o mundo aja agora na redução das emissões de carbono, disse nesta quinta-feira o influente economista Nicholas Stern. "É preciso dizer muito clara e fortemente às pessoas como é difícil (um aumento de temperatura) de quatro, cinco, seis ou sete graus Celsius", afirmou Stern, professor da London School of Economics e ex-economista do Tesouro britânico. "Bilhões de pessoas teriam de se mudar, e haveria um conflito muito severo."

"Essa é uma história que precisa ser contada para convencer as pessoas de que é uma péssima ideia chegar perto de (um aumento de) 5C. É uma grande probabilidade de um resultado devastador", acrescentou Stern a uma plateia de 2.000 cientistas no Congresso sobre a Mudança Climática em Copenhague. Em um relatório de 2006, o economista alertou que a falta de ação climática poderia causar problemas econômicos equivalentes aos da Grande Depressão na década de 1930.

Com um aquecimento superior a 2C, centenas de milhões de pessoas teriam menos acesso à água; com 3C, a produção mundial de alimentos deve diminuir, segundo relatório de 2007 de uma comissão científica da ONU. O professor John Schellnhuber, do Instituto Potsdam para a Pesquisa do Impacto Climático, disse, antes de Stern, que um aquecimento de 5C significaria que o planeta só teria condições de abrigar uma população 1 bilhão de pessoas inferior à atual.

A definição de um novo acordo climático global, para vigorar a partir de 2013, depende em grande parte de os países em desenvolvimento aceitarem medidas para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. O tratado deve ser discutido no final do ano em Copenhague. Stern disse que os países ricos deveriam aceitar uma redução de 80 por cento das suas emissões até 2050, e que em nível global a redução deveria ser de 50 por cento.

"Por 1 ou 2 por cento do PIB global, podemos manter as concentrações (de carbono na atmosfera) abaixo de 500 partes por milhão, e baixar a partir daí", disse Stern. "Isso diminuiria a possibilidade de um aquecimento de 5C para apenas 2 ou 3 por cento. Soa bastante bom para mim. Podemos fazer um seguro bastante poderoso."

Por: Gelu Sulugiuc
Fonte: AmbienteJá/Reuters/O Globo


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