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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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16/03/2009

Mercado procura especialistas em mudanças climáticas, diz estudo


Uma pesquisa conjunta dos institutos Greenhouse Gas Management e Sequence Staffing concluiu que o mercado de carbono e outras atividades ligadas às mudanças climáticas não encontram profissionais qualificados para as vagas que oferecem.

Conforme notícia do portal CarbonoBrasil, publicada no dia 10 passado, as entrevistas foram direcionadas a 700 executivos, cientistas e líderes de organizações dos setores público, privado e sem fins lucrativos, de todo o mundo. O estudo revelou que 84% consideram difícil achar profissionais capacitados em mudanças climáticas. E 87% acreditam que tal deficiência será um grave problema nos próximos anos.

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais Carlos Antônio Leite Brandão, organizador do livro “As profissões do futuro”, diz na reportagem que existem muitas oportunidades no setor no Brasil. “Basta ver os limites que chegamos em relação à exaustão do meio ambiente e da própria fonte de recursos, as quais é preciso controlar. Isto impõe, além de questões específicas ao meio ambiente e ao universo da energia e tecnologia, questões complexas de ordem cultural, ética e legal.”

Cenário local - No Brasil, até o momento, existe apenas um curso de Especialização em Mudanças Climáticas e Sequestro de Carbono, ministrado na Universidade Positivo, em Curitiba (PR). A primeira turma se forma em outubro próximo, reunindo profissionais de várias áreas e oriundos de diversos estados – Sergipe, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Porto Alegre - e de cidades do Paraná.

As entidades promotoras do curso – as ONGs Instituto Ecoclima (PR) e Instituto Ecoar (SP) – acabam de abrir vagas para novas turmas, acrescentando à Curitiba as capitais São Paulo e Rio de Janeiro – investida também em parceria com a Universidade Positivo - e Porto Alegre, em conjunto com a PUC do Rio Grande do Sul.

O curso em Curitiba conta com o apoio de Itaipu Brasil, que, ao subsidiar despesas, viabiliza uma redução significativa no valor das mensalidades, facilitando o acesso dos interessados. Para multiplicar esse acesso nos demais estados, Ecoclima e Ecoar buscam outras parcerias. “É fundamental que o Brasil tenha massa crítica para atuar profissionalmente, com eficácia, frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas”, diz Jair Kotz, superintendente de Gestão Ambiental de Itaipu. “É responsabilidade socioambiental que as organizações apoiem tais iniciativas”.

As disciplinas abordam aspectos tecnológicos, humanos, ambientais, jurídicos, políticos e culturais das mudanças climáticas e estimulam a formação de um pensamento crítico a respeito do modelo civilizatório, dos mecanismos institucionais, do posicionamento brasileiro, dos prós e contras da aplicação de acordos globais, do Protocolo de Kyoto e das negociações pós 2012 – ano em que o tratado internacional expira.

“É uma visão sistêmica sobre as mudanças climáticas, ministrada com excelência”, diz Marco Aurélio Ziliotto, engenheiro florestal e coordenador do curso. “Entre os professores, estão vários integrantes brasileiros do grupo do IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change -, ganhadores do Prêmio Nobel da Paz 2007”.

Corroborando o resultado da pesquisa norte-americana, ele afirma que muitos dos alunos da primeira turma, ainda na qualidade de pós-graduandos – ou seja, antes mesmo de concluírem o curso -, já foram absorvidos pelo mercado de trabalho, em “excelentes condições”.

Fonte: AmbienteBrasil


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