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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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19/03/2009

Divergências ideológicas entre ONU e UE dominam conferência de carbono


Durante o segundo dia do encontro Carbon Market Insights, em Copenhague, o secretário de mudanças climáticas da ONU, Yvo de Bôer, e o principal negociador da União Européia, Jos Delbeke, deixaram transparecer as diferentes perspectivas dos principais atores da negociação climática global.

Delbeke acredita que, assim como ocorre dentro do próprio bloco europeu, onde membros ricos e pobres devem conciliar as suas ações para alcançar um objetivo comum, países desenvolvidos e em desenvolvimento também podem discutir metas para reduzir os gases do efeito estufa considerando as suas particularidades e contribuições.

No primeiro dia de negociações Delbeke sugeriu a adoção de uma abordagem setorial para reduzir as emissões, ou seja, não seria a economia como um todo que receberia um limite, mas sim alguns setores. Esta é uma maneira de proteger setores vulneráveis à competição de países que não possuem limitações sobre as emissões, uma proposta que poderá agradar os Estados Unidos e a China.

Delbeke disse à BBC que “a ação dos países em desenvolvimento deve ser significativa”, refletindo demandas recorrentes de outros negociadores europeus para que estes países produzam planos de corte de emissões de gases do efeito estufa e então possam receber o dinheiro prometido para auxiliar na adaptação e mitigação das mudanças climáticas (leia mais clicando aqui)

As colocações de Delbeke têm deixado de Boer preocupado com o andamento das negociações globais, temendo que os países em desenvolvimento vejam os posicionamentos da UE como um retrocesso em relação aos compromissos fechados em Bali. O secretário da ONU também teme que o apoio à abordagem setorial possa levar a crer que a UE esteja querendo fugir dos seus compromissos que atualmente abrangem a economia como um todo.

“Não acredito que seja construtivo iniciar as negociações tentado mudar os princípios fundamentais que já foram fechados”, comentou de Boer. Ele pediu para que líderes nacionais europeus reafirmem que continuarão firmes em relação ao que foi fechado em Bali durante um encontro que acontece nesta quinta-feira (19) em Bruxelas.

“Estamos iniciando as negociações, então acredito que seja justo e que está na hora de todos definirem o que realmente querem. Em relação às finanças, o que concordamos em Bali, vamos respeitar .... mas o processo político está colocando elementos na mesa”, rebateu Delbeke.

Durante a conferência um grupo de estudantes ativistas chamou a atenção, fazendo barulho durante uma hora. Ao saírem, deixaram o seu recado: “Nosso Clima, não os seus negócios”.

Por: Fernanda B Muller
Fonte: AmbienteJá/CarbonoBrasil com agências internacionais


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