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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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22/03/2009

Calor já fez o manto antártico se romper


Há 3 e 5 milhões de anos, com uma temperatura local mais alta, quebra da massa de gelo ocorreu rápido

Com 5C a mais na região oeste da Antártida, o manto de gelo que existe lá provavelmente entra em colapso, como já ocorreu no passado, o que pode fazer aumentar em até 5 metros o nível médio do mar.

A afirmação, que emerge da biografia do manto da Antártida Ocidental publicada na última edição da revista "Nature", se baseia em um modelo matemático (com suas incertezas) e também em análise do sedimento marinho da região.

Esta última, feita pelo grupo liderado por Tim Naish, da Universidade Victoria (Nova Zelândia), mostra que no passado, principalmente entre 3 milhões e 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura na Antártida esteve mais alta, ocorreu o colapso do manto de gelo, que pode voltar a ser real no futuro -ainda mais num cenário de aquecimento global.

Sem catástrofe

Segundo Robert DeConto, da Universidade de Massachusetts (EUA), que produziu o modelo matemático, a quebra do manto de gelo é rápida -em termos geológicos, pelo menos. Em 5.000 anos o gelo marinho no oeste do continente pode sumir, para em 7.000 anos, aproximadamente, reaparecer.

O modelo criado pelos cientistas conseguiu detalhar o comportamento das massas de gelo que ficam sobre o mar e também sobre o continente.

O que prova, segundo Philippe Huybrechts, da Universidade Vrije (Bélgica), que escreveu um comentário para "Nature", ser remota a possibilidade de um colapso catastrófico ocorrer em uma escala ainda mais curta, de uma ou algumas centenas de anos, como alguns grupos de pesquisa estimam.

Para o glaciologista brasileiro Jefferson Simões, o estudo ajuda a acumular evidências, de novo, que a Antártida Ocidental pode sofrer colapsos, contribuindo rapidamente para o aumento do mar". Mas isso, diz o pesquisador, "nem chega a ser uma novidade" para os grupos que estudam a região.

O ponto importante do trabalho, ressalta Simões, é reforçar a ideia de que "além do derretimento em si do manto, podemos jogar muito gelo diretamente para o mar".

Fonte: Folha de S. Paulo


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