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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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25/03/2009

Verões de Sydney podem ser letais em 2060, diz cientista


A previsão para o verão de 2060 em Sydney é de tempo quente, ar poluído e condições letais para os idosos, disse um cientista em uma conferência climática na quarta-feira.

O aquecimento global, que também causa secas, e a poluição gerada por carros e queimadas devem fazer da cidade australiana um risco à saúde, de acordo com Martin Cope, da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO, em inglês).

Os mais afetados serão os idosos e os portadores de asma e distúrbios cardíacos. "Estamos falando em triplicar o número de internações hospitalares devido a quadros respiratórios", afirmou Cope à Reuters de Perth, no oeste da Austrália, onde participa da conferência chamada Greenhouse 2009 ("estufa 2009").

"Haverá mais dias mais quentes, mais noites mais quentes, e uma população mais idosa. É certamente algo que queremos planejar de antemão", disse ele, ressalvando que a situação não será tão ruim se a cidade passar a emitir menos carbono.

A equipe de Cope na CSIRO usou modelos informatizados para prever o clima urbano de Sydney e testar os efeitos de temperaturas de 1 grau a 4 graus Celsius superiores às máximas anuais atuais.

"A julgar pelo modelo, estamos vendo um aumento de 20 por cento no número de dias acima de 30 graus. Pode-se ver um aumento de 100 por cento no pequeno número de dias com temperaturas extremas (acima de 40 graus)", afirmou.

A temperatura mais elevada afeta a saúde dos idosos e intensifica a poluição atmosférica, segundo ele. Isso ocorre por causa da interação da luz do sol com substâncias liberadas pela queima de combustíveis fósseis e por outras atividades, como a pintura, o corte de grama e o cultivo de eucaliptos.

Cope disse que o impacto sobre os idosos será ainda mais grave porque a população maior de 65 anos deve dobrar até 2060 em Sydney.

"Estamos falando em praticamente duplicar as mortes relacionadas ao estresse por calor. Se você levar em conta a mudança demográfica, pode-se falar em duplicar outra vez", afirmou.

A previsão para 2060 também é de verões mais secos, com mais tempestades de poeira e mais risco de incêndios florestais.

De acordo com ele, os modelos indicam que medidas para melhorar o isolamento térmico das casas e reduzir as ilhas de calor urbano atenuariam o impacto das mudanças. A adoção de carros elétricos e híbridos também seria positiva, segundo o cientista.

Por: David Fogarty
Fonte: AmbienteJá/Reuters


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