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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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26/03/2009

Agricultores enfrentam dilema crescente com mudança climática


Os agricultores do futuro terão de administrar gados bovino e ovino que liberem menos metano, lavouras que emitam menos óxido nitroso e tornarem-se especialistas em reportar suas emissões de gases causadores do efeito estufa ao governo.

A agricultura é uma fonte importante de gases-estufa e em todo o mundo a participação do setor aumentará à medida que subir a demanda por alimentos de uma população cada vez maior, disse o cientista Richard John Eckard, da Universidade de Melbourne, na quinta-feira.

Os agricultores, no entanto, estão enfrentando um desafio quase impossível: alimentar o mundo enquanto buscam reduzir as emissões e se adaptar aos extremos de secas e enchentes decorrentes do aquecimento global, afirmou ele.

Nos próximos anos, os fazendeiros terão de monitorar e relatar as emissões enquanto mais países voltam-se para a comercialização de emissões.

"Queremos que a agricultura alimente o mundo. Queremos que os agricultores sejam viáveis e continuem aumentando a taxa de crescimento de produtividade. Ao mesmo tempo, lhes dizemos que vão enfrentar um clima mais ríspido ao qual eles precisam se adaptar."

"Em cima disso, impõe-se uma regra de que agora você só pode emitir uma fração do que você estava emitindo", afirmou ele à Reuters desde Perth, na Austrália, durante uma conferência sobre mudança climática.

Eckard disse que a pesquisa para descobrir formas de reduzir essas emissões e ao mesmo tempo manter o crescimento da produção não avançou o suficiente.

A Austrália, país grande produtor de carne, laticínios, trigo e lã, quer lançar o esquema mais abrangente de negociação de emissões do mundo a partir de meados de 2010.

As emissões provenientes da agricultura estarão isentas ao menos até 2015 em parte porque a tecnologia para conter as emissões rurais ainda não está desenvolvida e também porque o aumento de custos ao setor rural não tem respaldo popular.

O governo afirmou, porém, estar determinado a reduzir as emissões provenientes da agricultura de uma forma ou de outra porque elas respondem por 16 por cento do total no país. Na Nova Zelândia, cerca de metade das emissões do país vem da agricultura.

Fonte: AmbienteJá/Estadão Online/AmbienteBrasil


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