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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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29/03/2009

Para ONU, crise atrapalha negociações sobre novo acordo climático


Secretário executivo Yvo de Boer avalia que a crise econômica pode ter impacto negativo no comprometimento dos governos com a proteção climática. Mais de 180 países debatem em Bonn sucessor do Protocolo de Kyoto.

Sob os efeitos da crise econômica mundial, as Nações Unidas começaram em Bonn uma nova rodada de negociações sobre o acordo climático internacional que substituirá o Protocolo de Kyoto e que, pelo atual cronograma, deverá ser concluído em dezembro, durante a conferência da ONU em Copenhague.

Para o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), Yvo de Boer, a crise econômica pode ter um impacto negativo no comprometimento dos países em combater as mudanças climáticas. "Certamente esta não é a melhor hora para pedir dinheiro aos ministros das Finanças", afirmou na sede das Nações Unidas em Bonn.

O aperto nos orçamentos dos governos nacionais, causado pela crise econômica, leva a uma diminuição dos investimentos em projetos de proteção do clima, avaliou De Boer.

Objetivos econômicos e climáticos

De Boer: unir a defesa do clima com o combate à crise. Mas, na opinião do secretário executivo da ONU, é possível combinar os atuais pacotes conjunturais para combater a crise com medidas de proteção climática.

Ele citou como exemplo os Estados Unidos, que estão investindo grandes recursos em fontes renováveis de energia, criando empregos nessa área. "Nesse caso, há geração de empregos aliada a um impulso às fontes renováveis de energia."

O mesmo vale para os incentivos à indústria automobilística, afirmou De Boer. "Essa ajuda deve produzir os veículos do futuro e não os do passado", disse, referindo-se à fabricação de automóveis que poluam menos e consumam menos energia.

Atenções para os EUA

De Boer elogiou o presidente Barack Obama, que trouxe os Estados Unidos de volta à mesa internacional de negociações. Obama tem uma posição promissora em relação à proteção climática e pretende trabalhar para que se chegue a um acordo em Copenhague, avaliou De Boer.

Em Bonn, as atenções se voltam principalmente para a anunciada nova posição dos Estados Unidos, um dos países que mais emitem gases estufa no mundo e que não ratificaram o Protocolo de Kyoto.

Neste domingo, o emissário especial dos EUA para aquecimento global, Todd Stern, reforçou o comprometimento do governo Obama com a proteção climática e disse que o governo americano espera que se chegue a um acordo "robusto" em Copenhague.

Para o secretário-executivo da ONU, os países ricos devem tomar a iniciativa nas negociações de Bonn, que se estenderão por dez dias. Na avaliação de De Boer, os países pobres apenas apoiarão um novo acordo climático mundial se perceberem nos países ricos metas claras de diminuição das emissões de gases estufa.

Para que o atual cronograma seja cumprido, um projeto de acordo precisa estar pronto até junho. "O relógio está correndo e os países ainda tem muito trabalho pela frente." Em Bonn, mais de 2 mil participantes de mais de 180 países debatem o acordo que deverá substituir o Protocolo de Kyoto.

Por: Alexandre Schossler
Fonte: AmbienteJá/dw-world.de/UOL


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