Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
30/03/2009
Mundo votou pela resolução da crise climática global, agora só falta agir
Bonn, Alemanha – Para abrir as negociações de clima das Nações Unidas em Bonn, o WWF e um Grupo de Escoteiros alemão entregou uma urna simbólica ao Secretário Executivo da Convenção de Clima, Yvo de Bôer com os votos de centenas de milhões de cidadãos de todo o planeta que votaram pela terra durante o movimento Hora do Planeta numa demonstração de que estão a favor de ações de combate ao aquecimento global.
“A mensagem da Hora do Planeta é muito clara, cidadãos do mundo todo votam, ao apagarem suas luzes, pelo combate às mudanças climáticas. Está na hora de nossos representantes mostrarem liderança e agirem em prol do planeta, uma peça fundamental é o tratado internacional de clima justo, efetivo e baseado nos ultimas descobertas científicas” afirma Denise Hamú, Secretária Executiva do WWF-Brasil.
O encontro é a primeira de uma série de reuniões da Convenção de Clima que acontecerão ao longo deste ano até dezembro na COP (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) em Copenhagen, Dinamarca. Negociadores internacionais de cada país signatário e especialistas técnicos em diversos assuntos estarão em Bonn, na Alemanha, de 29 de março a 8 de abril, com o objetivo de delinear um texto ambicioso que servirá de base para o acordo global em dezembro.
“O sucesso de Copenhagen dependerá dos nossos líderes ouvirem os cidadãos do mundo todo. Em Bonn, os negociadores precisam colocar as cartas na mesa e trabalhar de forma urgente e focada em direção a um consenso” afirma Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, Superintendente de Conservação do WWF-Brasil, que acompanha a reunião.
“Para combater o aquecimento global é preciso pavimentar o caminho em direção a uma economia de baixo carbono”, diz Scaramuzza. “Qualquer plano de desenvolvimento ou pacote de recuperação econômica deverá dar suporte as pessoas mais carentes e ao mesmo tempo respeitar os limites naturais do planeta; é o único caminho lógico a seguir” complementa Scaramuzza.
Em Bonn, os negociadores tem que superar os obstáculos e a lenta velocidade das negociações até o momento. Para definir a arquitetura do novo tratado de clima, é preciso se chegar a um acordo quanto às opções para adaptação, redução de emissões, papel das florestas, financiamento e tecnologia.
Em dezembro de 2008 o Brasil deu um passo importante, ao apresentar durante a última COP em Poznam, o Plano Nacional de Mudanças Climáticas que estabelece metas nacionais de redução do desmatamento de até 70% até 2017. Tais metas são um exemplo claro das chamadas ações de mitigação para países em desenvolvimento, um dos componentes essências do novo acordo.
Metas de redução de emissões ambiciosas para os países desenvolvidos e compromissos nacionais claros para os países em desenvolvimento são uma das chaves para destrancar as negociações. As ações nos países em desenvolvimento devem ser amparadas por recursos financeiros e transferência de tecnologias.
Hora do Planeta
A Hora do Planeta, primeiro voto global sobre o futuro da Terra, superou todas as expectativas. Mais de 3.900 cidades de 88 países aderiram ao movimento promovido pela Rede WWF, desligando as luzes de prédios simbólicos.
Do Rio de Janeiro a Xangai, de Sidney a Estocolmo, milhares de pessoas participaram da Hora do Planeta apagando as luzes de suas casas no sábado, 28 de março, por uma hora, para votar pelo planeta e contra o aquecimento global.
No Brasil, 107 cidades aderiram à Hora do Planeta, dentre elas 13 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Manaus, Rio Branco, Belém, Belo Horizonte, Vitória, Campo Grande e Fortaleza. Mais de 1.600 empresas e organizações e 52.500 pessoas se cadastraram para fazerem parte do voto brasileiro.
Por: Redação do WWF-Brasil
Fonte: Envolverde/WWF-Brasil