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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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01/04/2009

Áreas desmatadas da floresta amazônica no Mato Grosso podem não se regenerar e virar savanas


O Mato Grosso, estado brasileiro que responde por quase 50% do desflorestamento de toda a região amazônica, pode não conseguir regenerar a floresta tropical desmatada em seu território e, assim, caminhar diretamente para um processo de savanização. O alerta, fruto de estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), indica maior urgência para a preservação do norte do estado.

Os resultados da pesquisa, publicados na última edição do periódico Journal of Geophysical Research, foram obtidos a partir de dados de um modelo que analisou o poder de recuperação da floresta em diferentes cenários de devastação. Segundo a meteorologista Mônica Senna, uma das autoras do artigo, o objetivo inicial do estudo era tentar descobrir se havia um limite máximo de desmatamento que não provocasse interferências prejudiciais na regeneração da floresta.

Para realizar a análise, a equipe abasteceu o modelo não apenas com dados sobre desmatamento. Pela primeira vez em estudos sobre o processo de savanização da Amazônia, foi considerado o fato de o solo amazônico ser, por si só, pobre em nutrientes.

Os pesquisadores simularam situações com diferentes taxas de desmatamento – de zero a 100% – e adicionaram informações sobre a deficiência nutricional do solo para analisar a influência desse fator na recuperação florestal. "O modelo nos mostrou que a deficiência nutricional do solo torna a regeneração da floresta bem mais lenta", relata Senna.

O estudo revelou também que, a partir de 40% de desmatamento na floresta amazônica, há uma drástica redução na ocorrência de chuvas na região, o que limita ainda mais a regeneração florestal. "No norte do Mato Grosso, por exemplo, o grau de recuperação é nulo", alerta a pesquisadora.

Estado mais seco por natureza

Mas por que o Mato Grosso apresenta essa falta de capacidade para recuperar áreas desmatadas? Segundo Senna, o motivo é o fato de o estado ter, diferentemente de outros pontos da Amazônia, uma estação seca bem definida.

Fonte: REBIA Nordeste / Ciências Hoje.


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