As tecnologias inovadoras disponíveis atualmente podem cortar as emissões de gases do efeito estufa em vários milhões de toneladas, segundo uma pesquisa feita pela WWF.

Dois novos relatórios, que incluem 17 estudos de caso de países desenvolvidos, como a Suécia, e de mercados emergentes, como a Índia; expõem o que funciona e o que não funciona em relação ao uso do poder da inovação para atender a necessidade de enfrentar rapidamente o desafio das mudanças climáticas.

“Há um imenso potencial tanto para o sucesso climático como empresarial no avanço das inovações tecnológicas. O que precisamos fazer é remover os obstáculos para o sucesso da comercialização e difusão que os empreendedores e empresas inovadoras enfrentam”, disse o diretor do Programa de Mudanças Climáticas da WWF Suécia Stefan Henningsson.

Um estudo de caso na Suécia revelou um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento e emprego de novas tecnologias em escala: apoio contínuo, direto e indireto, para melhorias dos métodos obsoletos existentes em empresas maiores.

“No planejamento das políticas e dos investimentos públicos há a tendência de consultoria apenas dos grandes players do mercado e dos setores que geralmente preferem soluções tradicionais”, disse Henningsson. “Mas frequentemente as soluções tradicionais e a melhoria de métodos antigos simplesmente não são bons o suficiente para assegurar as transformações de mercado e as reduções de emissão necessárias.”

Henningsson ressalta que, mesmo os sistemas que não discriminam novas idéias são insuficientes. “Vamos abraçar os sistemas que procurem ativamente por elas”, comentou.

Apesar de um foco coordenado em altos níveis governamentais para lidar com as mudanças climáticas ser bem vindo como um primeiro passo para melhorar o ambiente para as inovações, a WWF também propõe a criação de um meio no qual as idéias inovadoras poderiam ser ligadas com recursos públicos e privados para pesquisas, financiamento, comercialização e exportação.

A WWF está pedindo a criação de um Programa para Ação Tecnológica sob a Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas da ONU, o que permitiria a aceleração do desenvolvimento e a demonstração de novas tecnologias e melhorias na difusão de tecnologias sustentáveis existentes.

Grande parte das idéias já estão por aí e algumas vêm de países em desenvolvimento e outras de países industrializados. “O que falta são maneiras eficientes o bastante em passar das idéias para soluções em operação”, disse Henningsson.

* Com informações da WWF.

Por: Fernanda B Muller, do Carbono Brasil
Fonte: Envolverde/CarbonoBrasil