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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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03/04/2009

G20 não apresenta planos para meio ambiente


As ações anunciadas para enfrentar a crise financeira foram inovadoras, ambiciosas e aplaudidas mundo afora, já para combater o aquecimento global sobrou apenas um discurso breve, vago e sem objetivos

Ambientalistas previam que o encontro das maiores economias mundiais seria totalmente voltado para a crise financeira. E os líderes reunidos em Londres não desapontaram, realmente foi isso que aconteceu, uma grande estratégia de US$ 1 trilhão para salvar a economia foi anunciada e apenas umas poucas frases perdidas foram dedicadas ao aquecimento global.

O documento final do encontro possui nove páginas e apenas na penúltima delas, em dois itens, aparecem intenções com relação a uma economia de baixas emissões e às mudanças climáticas.

“Nós reafirmamos nosso compromisso para combater a ameaça de uma mudança climática irreversível, baseado no princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas e também para alcançar um acordo na conferência de mudanças climáticas em Copenhague em dezembro”, afirma a declaração final do evento.

O Secretário Executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC), Yvo de Boer, comentou que as palavras são bonitas, mas ações seriam mais bem vindas. “É sempre útil reiterar um compromisso, mas muito melhor é realmente colocar em prática.”

Já o diretor da ONG WWF, David Norman, disse que uma decisão mais concreta em relação ao clima era altamente improvável, mas mesmo assim havia esperança de que algo fosse anunciado.

“Foi outra oportunidade perdida pelos países mais ricos do mundo. Eles falharam, de novo, em colocar a sustentabilidade no centro dos esforços da reestruturação da economia mundial. Infelizmente os resultados dessa reunião de Londres foram vagos”, afirmou.
Economia verde

Os líderes parecem ao menos estarem chegando à conclusão que uma economia baseada em baixas emissões e em tecnologias limpas pode ser uma saída para a crise.

“Para lutar contra a recessão nós estamos decididos a promover um crescimento baseado em baixas emissões e criar empregos verdes, ações das quais depende nossa prosperidade no futuro”, disse em discurso o Primeiro-Ministro britânico, Gordon Brown.

Segundo o presidente Barack Obama está na hora dos Estados Unidos liderar pelo exemplo, e assim convencer a China, a Índia e outros países em desenvolvimento a se comprometer a assinar o tratado climático que substituirá Quioto em 2012.

“É muito importante que os EUA reduzam suas emissões para que os outros países também o façam. Entendemos o discurso daqueles que dizem que não querem comprometer seu desenvolvimento por causa de problemas gerados pelos ricos e faremos tudo para ajudá-los”, afirmou Obama.

Porém para a WWF já passou da hora dos países pararem de especular sobre as baixas emissões e realmente buscarem esse novo modelo econômico. “Já deveria estar bem claro que as crises climáticas e financeiras estão ligadas, e tentar resolver uma e deixar a outra para depois não tem como dar certo”, disse Norman.

“Nos próximos meses teremos outras oportunidades, por exemplo, a reunião do G8, para concretizar os estímulos financeiros e de comércio para a criação de uma economia verde. O mundo não pode deixar passar essas últimas chances”, concluiu o ambientalista.

Por: Fabiano Ávila
Fonte: CarbonoBrasil


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