Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
03/04/2009
Reunião de líderes em Londres fortalece papel do Fundo Amazônia
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, saldou como positivo e emblemático o debate entre os líderes das principais economias mundiais e dos maiores países tropicais do mundo sobre a criação de um mecanismo internacional de até US$ 15 bilhões para o financiamento da conservação e uso sustentável das florestas tropicais. Segundo ele, a discussão do tema mostra a potencialidadedo Fundo Amazônia como mecanismo para atrair milhares de euros para projetos na Amazônia.
De acordo com o ministro, as possibilidades abertas com a discussão de Londres mostram a importância de se escolher os melhores projetos para atrair esses recursos. "Temos que ser como uma vitrine para o mundo, oferecendo projetos para, por exemplo, a recuperação de áreas degradadas e pagamentos por serviços ambientais", disse. Minc lembrou que o Brasil foi o primeiro país, pós-Kyoto, a instituir uma forma legal de atrair recursos para a conservação da floresta referindo-se ao Fundo Amazônia.
Durante a reunião de Londres, organizada pelo príncipe Charles, da Inglaterra, foi debatida a ideia de se criar um mecanismo internacional de financiamento que levante entre US$ 10 e 15 bilhões, por ano, entre 2010 a 2020. Esses recursos seriam repassados a países tropicais com base em resultados alcançados na conservação das florestas.
A reunião de alto nível contou com as presenças dos primeiros-ministros do Japão, Austrália, Noruega e Itália e dos presidentes da França e da Indonésia. Presentes, o rei da Arábia Saudita e a chanceler alemã, Angela Merkel, além de Hilary Clinton, secretária de Estado norte-americana. Participaram também o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do Banco Mundial, Robert Zelik, e o presidente da Comunidade Europeia, Durão Barroso. O Brasil foi representado pelo chanceler Celso Amorim, acompanhado pelo diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo.
De acordo com Tasso Azevedo, esse foi o encontro de maior poder de decisão já realizado para discutir a questão da floresta no contexto do aquecimento global. A reunião mostra que conseguimos definitivamente incluir nas discussões da Conferência do Clima o tema florestal e seu uso sustentável, disse o diretor.
Os líderes mundiais concordaram em estabelecer um grupo de trabalho internacional que deverá apresentar um modelo de operacionalização da ideia até julho deste ano. A proposta é buscar um modelo que seja passível de consenso antes da Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas, a ser realizada em Copenhagem, marcada para o final do ano.
Fonte: CarbonoBrasil/MMA