Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
05/04/2009
UE apoia EUA perante Coreia do Norte e avalia posição sobre mudança climática
Os líderes da União Europeia (UE) apoiaram a posição dos Estados Unidos frente ao programa nuclear norte-coreano e acolheram com satisfação o compromisso do presidente americano, Barack Obama, de liderar a luta internacional contra a mudança climática.
Já o pedido direto de Obama aos europeus para que recebam detentos da prisão de Guantánamo, que será fechada daqui a um ano, foi visto com mais cautela pelos países da UE, os quais lembraram que as discussões sobre este assunto "continuam".
A cúpula entre UE e EUA foi avaliada muito positivamente pelas duas partes, que demonstram ter vontade de estreitar vínculos e intensificar a colaboração em questões econômicas, de política externa, de segurança, de energia e de meio ambiente.
O primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, cujo país ocupa atualmente a Presidência da UE, destacou a declaração conjunta na qual o bloco europeu e os EUA condenam o lançamento de um foguete de longo alcance norte-coreano e pedem a Pyongyang que abandone todo o programa de armamento nuclear.
Para os líderes de UE e EUA, a atuação da Coreia do Norte "exige uma resposta da comunidade internacional", incluindo o Conselho de Segurança da ONU, "para demonstrar que suas resoluções não podem ser encaradas com impunidade".
Também houve no encontro uma discussão sobre a situação no Irã, na qual, segundo Topolanek, os presentes concordaram que, se Teerã cumprir suas obrigações sobre não-proliferação nuclear, a pressão internacional sobre o país diminuirá.
Quanto à mudança climática, uma das prioridades da UE nesta cúpula, os países europeus avaliaram a mudança de posição de Washington e defenderam um esforço conjunto que contribua para que a conferência da ONU no final do ano, na qual novos objetivos de redução de emissões devem ser estabelecidos, tenha sucesso.
Diante dos representantes da UE, Obama se comprometeu a assumir um papel de "liderança" na reunião da ONU e reiterou que sua intenção é de que os EUA cortem suas emissões de CO2 em 6% em relação aos níveis de 1990 (20% frente a 2005).
O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, cujo país presidirá a UE no próximo semestre, confiou em que europeus e americanos continuarão aproximando posições neste âmbito nos próximos meses e alertou ser fundamental que ambas as partes definam claramente como vão conduzir a redução de emissões prometida.
Em relação à economia, os líderes repassaram as conclusões da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) de Londres e se comprometeram a continuar trabalhando unidos para completar o mais rápido possível a rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), José Manuel Durão Barroso, insistiu na importância de UE e EUA atuarem juntos também nesse terreno, levando em conta que as duas partes representam quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Entre as questões levantadas por Obama em seu discurso inicial, as recebidas com mais frieza pelos europeus foram os pedidos para receber presos de Guantánamo e incluir a Turquia no bloco.
Vários Estados-membros da UE estão dispostos a receber a alguns dos presos de Guantánamo, mas exigem uma série de garantias dos EUA.
Está previsto para amanhã que os ministros de Justiça e Interior dos países-membros do bloco europeu analisem a resposta de Washington à informação que solicitaram sobre os presos que poderiam ser enviados à Europa.
Sobre o processo de adesão da Turquia, Durão Barroso lembrou que a UE está imersa em uma negociação com o país a qual deve seguir seu ritmo, embora o presidente francês, Nicolas Sarkozy, já tenha demonstrado ser contrário a sua entrada na União.
Fonte: AmbienteJá/Efe/UOL